Amigos e familiares de um dos adolescentes de 13 anos que morreram por engano em atentado fizeram uma passeata na noite deste domingo (5) em homenagem ao menino, no Aero Rancho.

A homenagem reuniu diversas pessoas do bairro e foi acompanhada pela GCM (Guarda Civil Metropolitana). A passeata seguiu da Rua Iemanjá até o campinho do Jardim das Hortências.

O menino foi sepultado no sábado (4) após ter sido vítima, por engano, de um atentado na sexta-feira (3). Ele e outra adolescente, também de 13 anos, acabaram mortos quando dois homens em uma moto abriram fogo contra um homem, que correu na direção das vítimas. Outras duas meninas ficaram feridas.

A Polícia Civil prendeu quatro envolvidos no crime. O mandate do atentado seria um preso de 22 anos do Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande.

Amigos tomavam tereré

Segundo a mãe das meninas feridas, as duas estão muito abaladas com a perda dos amigos e também com a situação vivida. Ela conta que o grupo de adolescentes estava sentado na calçada de uma casa, tomando tereré e conversando.

Por volta das 21h, uma dupla chegou em uma moto e parou em frente de uma residência que serve como ponto para venda de drogas. A casa em questão fica de frente para o local que os jovens estavam.

Foi então que a dupla começou a disparar contra o homem que fornece os entorpecentes. Ele, para tentar se esquivar das balas, correu para onde os adolescentes estavam, momento em que os dois foram atingidos.

“Eles não tinham nada a ver com a história. A gente nem sabe onde esse cara mora, a gente só vê ele aqui porque é um ponto de droga”, lamentou.

Pai foi autorizado a se despedir da adolescente

O corpo da adolescente foi levado na manhã deste domingo (5) para a despedida do pai, que está preso no PTran (Presídio de Trânsito) de Campo Grande.

O velório da adolescente ocorria desde às 19h na Pax Mundial, em frente ao Horto Florestal. Por volta das 08h40, o caixão com o corpo da menina foi levado para o PTran. O pai pôde ficar cerca de 10 minutos com a filha, ocasião na qual conseguiu se despedir e realizar orações.

A Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) informou que a despedida no presídio é um procedimento normal, para que os detentos possam se enlutar pelos entes queridos.