Mesmo com proibição e multa, cerol ainda é presença marcante entre ‘pipeiros’ de Campo Grande

Operação apreendeu 137 carretéis durante o final de semana

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Operação realizada pela Guarda Civil Metropolitana de Campo Grande, durante o último final de semana, resultou na apreensão de 137 carretéis de linhas chilena e linhas com cerol. Além disso, 526 pessoas foram abordadas e 14 pipas recolhidas. Objetivo do trabalho foi coibir o uso das linhas “modificadas”, já que oferecem risco de acidente a terceiros. Boa parte dos materiais foi localizada na região do Anhanduizinho.

O cerol, fabricado artesanalmente, geralmente é feito com vidro moído e cola. A substância é espalhada pela linha e visa cortar a linha de pipas próximas. Pelos bairros da capital, são comuns os duelos que buscam “torar” a pipa rival. No entanto, o uso deste petrecho é proibido. No mês passado, um suspeito de vender linha chilena foi preso no bairro Estrela do Sul.

Em junho do ano passado, a Câmara Municipal aprovou a Lei Complementar 388, que aumenta o valor da multa para quem utiliza elementos cortantes na Capital. A principal finalidade foi alterar a penalidade imposta para quem descumprir a lei que proíbe a produção, o fornecimento, o armazenamento, a venda, e o uso de cerol e a linha chilena e quaisquer outros materiais e artefatos similares.

A modificação no texto altera o art. 3º, nos § 1º e § 2º, sendo o primeiro voltado aos estabelecimentos comerciais, que se forem flagrados com materiais desta natureza, serão imediatamente confiscados por meio de auto de infração e será aplicada multa ao proprietário no valor de R$ 5 mil, conforme a nova redação. O valor era de R$ 1 mil.

Já nos casos em que particulares estiverem portando cerol ou linha chilena, bem como outros materiais e artefatos cortantes, sem natureza comercial, a Lei Complementar muda de R$ 200 para R$ 1 mil a aplicação da multa, além da apreensão dos artefatos.

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