Laudo necroscópico de adolescente morto em freezer é inconclusivo para motivo de asfixia

Deve ser concluída nos próximos dias a investigação sobre a morte de José Eduardo Alves Gonçalves Rosa, de 15 anos, encontrado dentro do freezer da casa de sua avó no dia 11 de janeiro. Contudo, o resultado final do laudo necroscópico apontou causa indeterminada. Conforme a delegada Elaine Benicasa, da Depca (Delegacia Especializada de Atendimento […]

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Deve ser concluída nos próximos dias a investigação sobre a morte de José Eduardo Alves Gonçalves Rosa, de 15 anos, encontrado dentro do freezer da casa de sua avó no dia 11 de janeiro. Contudo, o resultado final do laudo necroscópico apontou causa indeterminada.

Conforme a delegada Elaine Benicasa, da Depca (Delegacia Especializada de Atendimento à Criança e ao Adolescente), responsável pela investigação, “não foi possível concluir se o motivo foi choque ou anabolizante”. Segundo ela, são várias as hipóteses que podem ter causado o mal súbito que levou à asfixia.

No começo das investigações, a Polícia constatou que José havia começado a tomar anabolizantes sem o conhecimento da família. Ele tinha a intenção de começar academia, devido a ter obesidade, na semana anterior em que morreu. A família do garoto teria histórico de hipertensão e obesidade. Ainda de acordo com a delegada o garoto teria colocado água dentro do freezer, que tem capacidade para 20 litros e entrado, fazendo dele uma piscina.

O laudo do IMOL (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) também não conseguiu afirmar com precisão se o garoto teria tomado um choque, a segunda hipótese levantada, já que José estava sentado dentro do freezer mexendo no notebook que estava em uma mesa próxima, junto de seu celular. Para a conclusão definitiva da investigação policial, “estão faltando apenas laudos secundários”, segundo Benicasa.

Laudo necroscópico de adolescente morto em freezer é inconclusivo para motivo de asfixia
Delegada Elaine Benicasa, responsável pelas investigações. (Foto: Marcos Ermínio – Arquivo Midiamax)

Quando o corpo foi encontrado já estava em putrefação. A delegada ainda disse ter descartado qualquer desafio que o garoto possa ter participado, já que uma varredura no celular e no notebook foram feitas à procura de qualquer indício de que possa ter acontecido algum desafio que o adolescente tenha participado.

Benicasa ainda reforçou sobre o menino ser alegre e nada indicar que ele estava tentando se matar. A família na época também disse que não havia motivos para que José tirasse a própria vida.

Troca de mensagens com a mãe

Antes de ser encontrado morto, José trocou mensagens com mãe onde dizia que ela era a rainha dele. Em conversas no WhatsApp, a mãe havia perguntado para José se estava tudo bem na casa da avó e em seguida disse que amava o filho. O adolescente respondeu ao questionamento da dona de casa afirmando que estava tudo bem, e em seguida responde a mãe por áudio, “Te amo, você é minha rainha”.

Depois dessa conversa no sábado, dia 8 de janeiro, a mãe de José não conseguiu mais falar com o garoto, segundo a advogada da família Marcelle Peres Lopes. A advogada disse que a família acredita que José tenha sido obrigado a entrar mediante ameaça no freezer, já que ele era um menino alto – 1,80 aproximadamente e 100 quilos- não sendo fácil carregá-lo.

Corpo no freezer

O corpo foi encontrado pelo primo que estava à procura de José que havia desaparecido na tarde do dia 10 de janeiro. O adolescente estava só de cuecas e não havia sinais aparentes de violência. Uma faca foi encontrada no quintal da residência. O freezer onde foi encontrado a vítima estava desligado.

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