Dormindo na ‘pedra’ e sem banho de sol: presos da Gameleira alegam condições desumanas

Ministério Público e Polícia Civil estiveram na unidade e vão fiscalizar medidas

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Presos da Penitenciária Estadual Masculina de Regime Fechado da Gameleira, localizada na zona rural de Campo Grande, alegam que estão dormindo na pedra, sem colchão, e há 15 dias não tomam banho de sol. Ao menos foi o que constatou a força-tarefa composta pela Polícia Civil, MPMS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul)  e CEPCT (Comitê Estadual de Combate à Tortura) durante inspeção realizada na quarta-feira (19).

A visita foi realizada em razão de constantes reclamações por parte de internos e familiares, que alegam condições desumanas e ausência de atividades ressocializadoras. Foram visitados todos os pavilhões da unidade e ouvidos vários custodiados, que relataram sofrer agressões físicas e psicológicas. Eles também denunciaram o fornecimento de alimentação estragada, a falta de atendimento médico e odontológico, bem como a falta de assistência material, consistente na falta de uniforme, colchão, cobertor e kit de higiene.

Dentre as irregularidades verificadas, constatou-se que alguns internos estariam há mais de 15 dias sem banho de sol, dormindo “na pedra”, ou seja, sem colchão, e sem vestuário para a troca diária. A direção da unidade, já no momento da vistoria, foi orientada quanto à necessidade de adotar providências urgentes para corrigir as falhas detectadas. O Ministério Público e a 5ª Delegacia de Polícia da Capital seguirão apurando os fatos. 

A Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) informou, por meio de nota, que todos os questionamentos apresentados estão sendo tratados pela diretoria da autarquia, juntamente, com a direção da Penitenciária Estadual Masculina de Regime Fechado da Gameleira.

“Importante destacar que a Agepen está buscando empreender medidas para sanar quaisquer irregularidades junto a instituições parcerias envolvidas. O foco da instituição é sempre zelar pela transparência das informações e oferecimento de condições dignas para um cumprimento de pena efetivo e responsável”, afirmou.

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