Pandemia suspende júri popular de cafetina que matou ex-superintendente da Sefaz

Foi suspenso o julgamento de Fernanda Aparecida da Silva Sylverio, que estava marcado para o dia 10 de junho. A suspensão foi publicada nesta segunda-feira (1º) e sem nova data para julgamento. Fernanda está presa desde 20 de novembro de 2018. Ela foi denunciada pela morte de Daniel Abuchain, ex-superintendente de gestão e informação da […]

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Foi suspenso o julgamento de Fernanda Aparecida da Silva Sylverio, que estava marcado para o dia 10 de junho. A suspensão foi publicada nesta segunda-feira (1º) e sem nova data para julgamento. Fernanda está presa desde 20 de novembro de 2018. Ela foi denunciada pela morte de Daniel Abuchain, ex-superintendente de gestão e informação da Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda) do ex-governador André Puccinelli.

Em sua decisão, o juiz Aluizio Pereira dos Santos considerou a decretação de estado emergencial pela União e pela Prefeitura de Campo Grande. “Considerando ainda o aumento de casos suspeitos com indícios de contaminação pelo novo coronavírus (Covid-19)” resolveu o magistrado suspender o júri.

O assassinato

Segundo a denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), em 19 de novembro de 2018, Daniel foi assassinado em um quarto de motel no Jardim Noroeste. Ele foi ferido com golpes de faca na cabeça, pescoço e tórax na garagem do apartamento. Fernanda seria amiga de Daniel há aproximadamente um ano, mas ele teria assediado a convivente de Fernanda.

Com isso, conforme a peça da denúncia, Fernanda premeditou o crime, marcou o encontro no motel e foi até a casa dele. No motel, ela cometeu o crime, depois comprou uma toalha do estabelecimento, com a qual limpou os vestígios de sangue e pagou a estadia com dinheiro sujo com o sangue da vítima.

Ela ainda levou o corpo de Daniel com a toalha suja de sangue até a região do Parque dos Poderes, onde a vítima foi deixada. Fernanda e convivente deixaram a cidade no mesmo dia e o corpo de Daniel foi encontrado 13 horas depois, no mesmo dia, quando teve início a investigação.

O MPMS alegou que a autora agiu por motivo torpe, usando de dissimulação e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima. A denúncia foi recebida pelo judiciário em dezembro de 2018. Durante as investigações, Fernanda chegou a mudar a versão do crime e também tentou liberdade, mas permanece presa.