A Justiça negou o pedido de liberdade provisória de Fernanda Aparecida da Silva Sylvério, 28 anos, suspeita de matar o ex-superintendente da Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda), Daniel Abuchain.

O pedido de liberdade provisória com ou sem fiança, foi feito pela defesa de Fernanda no dia 15 de março e indeferido pelo juiz Aloizio Pereira do Santos na última sexta-feira (22). De acordo com a publicação do Diário Oficial da Justiça, o pedido foi indeferido para “garantir a ordem pública e assegurar a aplicação da lei penal”.

Fernanda foi presa em novembro do ano passado e chegou a confessar o crime alegando que não aguentava mais ser assediada por Daniel, um mês depois ela mudou a versão negando a autoria do crime e dizendo que um homem que ela não conhece matou a vítima por dívida de dinheiro e cheques.

Em fevereiro deste ano, testemunhas contaram durante audiência sobre o caso, que Fernanda chegou ao motel conduzindo o veículo Pajero, acompanhada por Daniel, no banco do passageiro. “Ela estava nervosa e ele parecia estar tranquilo”, informaram.

“Demorou 26 minutos, ela me pediu a conta e para comprar uma toalha. Ela pagou na janelinha do quarto e também pediu para que eu deixasse o portão aberto”, relata a recepcionista do motel.  A camareira relatou que o quarto estava cheirando sangue e que Fernanda pagou com três notas de R$ 50 com algumas manchas de sangue.

Daniel foi assassinado a facadas e pauladas dentro de um motel em e seu corpo abandonado no macroanel. O crime aconteceu em Campo Grande, no dia 18 de novembro de 2018.

Investigação esquema de terceirizados

Daniel era investigado por supostamente participar de um esquema de terceirizados denunciado em 2016 pela força-tarefa do MP-MS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul). Na ação impetrada, o Ministério Público alegou que Mário Sérgio Maciel Lorenzetto,  ex-secretário de Fazenda, o ex-adjunto da pasta André Luiz Cance, e o ex-superintendente de Gestão da Informação Daniel Nantes Abuchaim, a Itel Informática, bem como seu proprietário, o empresário João Baird teriam recebido mais de R$ 252.529,996 milhões do Executivo estadual com serviços terceirizados, em sua maioria de forma irregular.