Polícia Federal cumpre mandados em MS contra tráfico de cocaína

A  Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (17), a Operação Teto Baixo para desarticular organização criminosa especializada no tráfico interestadual de cocaína. São cumpridos mandados em sete estados brasileiros, entre eles Mato Grosso do Sul. Ao todo são 106 mandados cumpridos no Amazonas, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pará, Tocantins e Roraima, expedidos […]

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A  Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (17), a Operação Teto Baixo para desarticular organização criminosa especializada no tráfico interestadual de cocaína. São cumpridos mandados em sete estados brasileiros, entre eles Mato Grosso do Sul.

Ao todo são 106 mandados cumpridos no Amazonas, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pará, Tocantins e Roraima, expedidos pela Vara de entorpecentes e organizações criminosas da Justiça Estadual de Roraima. Participam da operação cerca de 200 policiais.

Foram expedidos 30 mandados de prisão preventiva, seis de prisão temporária, 27 de busca e apreensão, sete mandados de bloqueio/suspensão de regularização de imóvel rural e 36 mandados de sequestro/bloqueio de bens, os quais incluem, além dos 18 aviões, imóveis, propriedades rurais e mais de R$ 290 milhões de reais de eventuais contas bancárias em nome de 36 investigados.

As investigações começaram no final de 2016, quando um avião caiu no município de Caracaraí, sul do estado de Roraima, e os ocupantes fugiram, o que levantou suspeitas sobre o conteúdo que estaria sendo transportado. A partir dessa suspeita, a Polícia Federal conseguiu apurar que os responsáveis pela aeronave estariam envolvidos em uma organização criminosa destinada ao tráfico de drogas.

Em 2017, três ações resultaram na apreensão de mais de meia tonelada de cocaína nos estados de Roraima, Pará e Tocantins. O esquema envolveria o transporte de cocaína que seria recebida na região norte do Brasil por meio de aviões com destino ao Centro-Oeste. Cada voo transportaria, em média, 550 quilos da droga, e o grupo contaria com pelo menos 18 aeronaves. A cocaína seria pega em São Gabriel da Cachoeira/AM, de onde o avião partiria para alguma pista clandestina no estado de Roraima, com o intuito de se afastar de regiões com maior fiscalização, para depois ir em direção a estados como Goiás e Tocantins.

A base de operações do grupo ficava na região de São Gabriel do Oeste, em Mato Grosso do Sul. Em agosto 2017 foram alvos de uma operação da Polícia Civil do Estado envolvidos em clonagem de aeronaves para tráfico de drogas, inclusive com expedição de mandado de prisão para o líder do grupo, que chegou a ficar foragido. Após isso, a estrutura de apoio da organização criminosa teria sido transferida para Santarém/PA.

A organização seria estruturada em três núcleos distintos: um familiar, formado por parentes do líder esquema, que comandavam os negócios; um outro núcleo que prestaria apoio logístico ao grupo – como a identificação de pistas clandestinas, arrendamento de fazendas e abastecimento das aeronaves; e um último composto pelos pilotos.

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