‘Loira do PCC’ divide os lucros da facção a partir de presídio estadual em MS, segundo Gaeco
Entre os 48 denunciados pelo pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) na Operação Yin Yang, que identificou membros e líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital) em Mato Grosso do Sul, Jacqueline Michelle Spessato, de 39 anos, é apontada como a responsável por dividir os lucros de crimes cometidos pelos faccionados. […]
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Entre os 48 denunciados pelo pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) na Operação Yin Yang, que identificou membros e líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital) em Mato Grosso do Sul, Jacqueline Michelle Spessato, de 39 anos, é apontada como a responsável por dividir os lucros de crimes cometidos pelos faccionados. É conhecida como ‘Loira do PCC’.
Segundo as investigações, ela era chamada de ‘companheira’ e ocupava posição de destaque no ‘partido’. O Gaeco chegou até Jacqueline após abrir investigação que apura prática de organização criminosa, tráfico de drogas, roubos e homicídios cometidos pelo PCC em MS.
Durante as investigações, além de interceptações telefônicas, foram feitas buscas e apreensões em residências, além de celas de unidades prisionais da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) que funcionariam como verdadeiros ‘escritórios’ para os líderes do PCC em Mato Grosso do Sul.
Foram oferecidas cinco denúncias, sendo que Loira do PCC está entre os dez primeiros denunciados pelo Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul.
Conforme a investigação, a cada líder era atribuída uma função. Natural de Dourados, Loira do PCC ocupa uma das celas do Estabelecimento Penal Feminino Irma Zorzi, em Campo Grande, onde cumpre pena por roubo. Era ela quem dividia os lucros dos crimes cometidos pelos faccionados.
Em uma das intercepções telefônicas, ‘companheira’ foi mencionada por Edson Chaves de Brito, conhecido como Malboro, chefe da “Geral da Rua” do PCC (Primeiro Comando da Capital). Nesta função, ele é responsável por comandar a execução de crimes como roubo, furtos, latrocínios o sequestro e assassinato de integrantes de facções rivais.
A conversa seria sobre o roubo de uma caminhonete VW Amarok em Campo Grande, cometido por Kaio César Martins Borges, o ‘Sonic’, que não queria dividir os lucros obtidos com o crime. Na conferência pelo celular, os faccionados informam que Loira do PCC saiu de Dourados e seguiu até Campo Grande para providenciar motoristas que levariam o veículo até o Paraguai. Eles mencionam que ela mesma estaria no país de fronteira para receber e dividir o lucro com quem participou.
Conforme a denúncia, linguajar usado por Loira em conversas telefônicas demonstram que ela faz parte ativamente dos crimes cometidos pelo PCC, atuando como ela mesma disse à polícia, como ‘Jack madrinha do PCC’.
R$ 400 por mês para não morrer
Loira do PCC foi presa em setembro deste ano, após um homem de 42 anos ser preso por portar drogas para consumo pessoal. A vítima foi apontada como responsável pela prisão da Loira e por este motivo, teria que pagar R$ 400 mensais, caso contrário morreria.
Segundo o Gaeco, os membros são ordenados hierarquicamente, com divisão clara de tarefas. A cúpula é formada pelo núcleo que chamam de Resumo, composto por integrantes do alto escalão da facção, que supervisionam e definem os rumos da atuação do PCC no Estado, adequando aos interesses e determinações da Sintonia Geral Final, a liderança nacional.
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