“Fui contratado para trazer um veículo financiado”, diz preso por receptação

Preso com uma caminhonete roubada que seria usada como moeda de troca no tráfico de drogas, o motorista profissional Laudimar de Oliveira, de 42 anos, disse que desconhecia a origem ilícita do veículo. Ele acreditava se tratar de um produto financiado e que apenas faria a entrega em Campo Grande. Junto com ele, foi preso […]

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Suspeitos presos em ação do Garras. Foto: Renan Nucci
Suspeitos presos em ação do Garras. Foto: Renan Nucci

Preso com uma caminhonete roubada que seria usada como moeda de troca no tráfico de drogas, o motorista profissional Laudimar de Oliveira, de 42 anos, disse que desconhecia a origem ilícita do veículo. Ele acreditava se tratar de um produto financiado e que apenas faria a entrega em Campo Grande. Junto com ele, foi preso Geovani Fernando Raymundo, de 26 anos, gerente de farmácia desempregado que estava com outra caminhonete roubada.

A prisão ocorreu na noite de quinta-feira, na BR-262, na saída para Ribas do Rio Pardo. O delegado João Paulo Sartori, do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Bancos, Assaltos e Sequestros), investigava há três meses uma quadrilha suspeita de tráfico de armas que agia em Mato Grosso do Sul. Na data da prisão, a equipe foi informada que duas caminhonetes roubadas viriam para Campo Grande, a pedido do organização criminosa.

Em abordagem na BR, os policiais prenderam Laudimar e Geovani. Em seguida, descobriram que eles estavam ligados a Sérgio Rodrigues da Costa, de 40 anos, e Gilberto Melo Martins, 40, suspeitos de tráfico que mantinham 3,6 toneladas de maconha em depósito na Capital. Ao longo das investigações, veio à tona que as caminhonetes haviam sido roubadas no Rio de Janeiro e seriam usadas como moeda de troca na fronteira com o Paraguai.

Apresentado à imprensa na manhã deste sábado, Laudimar negou. “Eu fui contratado para trazer um veículo financiado. Ninguém falou que era roubado. Eu recebi mil reais pelo transporte, que é o valor que um motorista de caminhão como eu ganha de comissão em um frete. Quando me chamaram, mostraram que era um veículo financiado, apresentaram documentação e disseram que chegando aqui iriam entrar em contato”, relatou.

Geovani, por sua vez, apresentou versão semelhante e disse que aceitou fazer o transporte porque estava desempregado. “Ele [Laudimar] ofereceu o transporte e disse que eram duas caminhonetes, com mil reais para cada. Como eu estava desempregado, aceitei e vim. O que ele me passou foi isso, que o carro era financiado. Eu não conheço ninguém daqui e nunca tinha vindo pra cá antes, tanto que viajei atrás dele, tranquilo”.

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