A pedido do MPMS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul), a justiça determinou a apresentação do extrato de compras e da conta bancária da idosa Dirce Santoro Guimarães, 79 anos, morta no dia 23 de fevereiro, em Campo Grande, pela motorista de aplicativo Pâmela Ortiz.

Ao se apresentar, a ré chegou a confessar à Polícia Civil que teria matado a idosa para não pagar uma dívida de aproximadamente R$ 1 mil que havia feito em nome dela. No entanto, a investigada mudou a versão dos fatos e alegou que foi alvo de um suposto assalto articulado pela própria vítima.

Por este motivo, o juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida determinou encaminhamento de ofício para a gerência de duas lojas de departamento localizadas no centro da cidade, bem como à administração de uma agência bancária da Vila Alba, pedido extrato das movimentações da vítima de dezembro de 2018 a março de 2019, período em que as duas mulheres se conheceram. O objetivo do Ministério Público é conseguir mais provas para sustentar a acusação. Também foi solicitada perícia nos celulares apreendidos.

O caso

Pâmela foi presa no dia 25 de fevereiro, acusada do assassinato da idosa. Dirce foi morta com pancadas na cabeça, que foi batida contra um meio-fio. O rosto da vítima ficou desfigurado. A idosa desapareceu depois de entrar no carro Sandero de Pâmela. As duas teriam se conhecido em novembro de 2018. A suspeita disse em outro depoimento que houve uma discussão dentro do veículo entre ela e a idosa, e que Dirce havia pulado do carro em movimento.

Segundo informações da polícia, a vítima teria se queixado com vizinhas que desde que conheceu Pâmela compras que não era dela estavam sendo feitas em seu cartão de crédito. O corpo de Dirce foi encontrado atrás de uma fábrica de peças íntimas, em Indubrasil. Ele estava jogado em um amontoado de lixo. No entanto, a suposta autora mudou sua versão.