Evangélico que matou mulher por ‘postura indecente’ pega 22 anos de cadeia

Douglas Almeida Sales da Silva, de 25 anos foi condenado a 22 anos e oito meses de prisão em regime fechado pela morte da mulher, Joice dos Santos Sampaio Magalhães, de 28 anos.  A mulher foi esfaqueada até a morte na frente do bebê do casal, em maio de 2018 na casa onde eles moravam […]

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Douglas Almeida Sales da Silva, de 25 anos foi condenado a 22 anos e oito meses de prisão em regime fechado pela morte da mulher, Joice dos Santos Sampaio Magalhães, de 28 anos.  A mulher foi esfaqueada até a morte na frente do bebê do casal, em maio de 2018 na casa onde eles moravam no Jardim Itamaracá, em Campo Grande.

Ele foi condenado pelo crime de homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e feminicídio em julgamento realizado nesta quarta-feira (27).

Durante a sessão, o homem disse que é evangélico e filho de militares, e que, por isso, não concordava com a ‘postura da mulher’. Segundo ele,  a mãe do bebê tinha ‘posturas inadequadas e de indecência’, já que não seguia a mesma religião.

Durante o depoimento, ele chegou a dizer que a esposa era adúltera e se prostituía. Mas, questionado pelo juiz sobre se tinha provas, ele respondeu que não tinha as provas.

Ela foi agredida com socos no rosto e na cabeça e depois esfaqueada oito vezes no pescoço e rosto, por Douglas que está preso no Presídio de Segurança Máxima da Capital desde o dia do crime, em maio de 2018.

Relembre o caso

No dia do crime, 13 de maio de 2018, uma vizinha contou à polícia que, por volta das 13 horas, o homem bateu em sua porta e pediu para que ela salvasse a bebê. Em seguida, ele caiu desacordado. “Eu estava em casa assistindo televisão, ele bateu na minha porta todo ensanguentado e pediu para que eu pegasse a criança”, disse.

Na casa, a vizinha encontrou a filha do casal engatinhando próximo à porta de saída. No chão, policiais encontraram uma faca de aproximadamente 20 centímetros com marcas de sangue. A gaveta do armário da cozinha onde facas eram guardadas também estava aberta. A suspeita é de que, durante uma briga, marido e mulher tenham se agredido.

Vizinhos disseram que os jovens moravam no local desde o fim do ano de 2017 e que nunca ouviram brigas entre eles.

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