Retrospectiva: Só em 2018, polícia registrou mais de 1.640 estupros em Mato Grosso do Sul
Em 2018 já foram registrados 1.643 estupros em Mato Grosso do Sul, 522 só em Campo Grande. São cerca de quatro casos por dia no Estado, segundo dados da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sejusp). Mesmo sendo menor que o ano passado, que registrou 1.780 casos de estupro, 550 na Capital, de acordo com […]
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Em 2018 já foram registrados 1.643 estupros em Mato Grosso do Sul, 522 só em Campo Grande. São cerca de quatro casos por dia no Estado, segundo dados da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sejusp).
Mesmo sendo menor que o ano passado, que registrou 1.780 casos de estupro, 550 na Capital, de acordo com a titular da Delegacia Especializada de Atendimento a Mulher (Deam) Joilce Silveira, os dados ainda são alarmantes.
“Infelizmente, é um número alarmante ainda, precisamos divulgar a prevenção, para que as mulheres sempre estejam atentas e assim podemos diminuir esse número”, alerta a delegada.
Este ano, só te tentativas de estupro foram 114 ocorrências, 19 em Campo Grande. “É necessário que a mulher sempre evite andar sozinha, tentar voltar dos lugares sempre com alguém, principalmente se for à noite”, alerta Joilce.
Também, de acordo com a polícia, a vítima não deve ter vergonha da denúncia. “A vítima precisa desabafar, contar para alguém, é importante divulgar que a gente aceita denúncia de terceiros”, afirma a delegada. “Aumentaram casos de algumas jovens que acabam bebendo muito em festas e são abusadas, elas não devem se sentir culpadas por isso. Mesmo estando sob efeito de álcool, a partir do momento que ela não quer, ela não é obrigada”, finaliza Joilce.
Casos de 2018
O último caso registrado na Capital, foi de uma camareira de um motel. A mulher de 49 anos foi amarrada e estuprada na noite do dia 18 de novembro, após solicitar para que dois homens desocupassem um dos quartos do estabelecimento. Um dos autores, de 29 anos, foi preso em flagrante.
O funcionário do motel acionou a polícia depois de flagrar a camareira sendo violentada ao ouvir gritos de socorro. A vítima também foi agredida no olho e na mão com um cassetete.
Em Itaporã, no dia 5 de novembro deste ano, um rapaz de 29 anos, foi preso acusado e estuprar a enteada de 15 anos, que tem Síndrome de Down. A mãe da menina descobriu o crime depois de pegar o celular do marido e ver um vídeo onde uma garota era estuprada. Neste momento, a mulher descobriu que a vítima era a sua filha.
No dia 28 de julho, uma adolescente de 16 anos, foi estuprada por três homens em Coxim. O caso aconteceu em uma casa noturna fechada para o público. O colchão onde o estupro foi cometido tinha diversas manchas de sangue. Os três suspeitos foram presos.
Em 8 de julho, uma mulher de 35 anos foi abordada por três homens quando voltava de uma festa, na região norte de Campo Grande. Ela foi arrastada para um terreno baldio, espancada e depois estuprada pelos três. Os laudos de exames feitos na vítima confirmaram o crime. A vítima foi encontrada por populares bastante machucada e debilitada, não conseguindo falar muito sobre o que teria acontecido.
Também em Campo Grande, no dia 15 de junho, uma mulher de 35 anos, teria sido estuprada por seu marido e também por seu próprio irmão, no bairro Colibri. A vítima contou à polícia que, depois de ser violentada pelo marido e dormir, acordou sendo estuprada pelo irmão enquanto o esposo assistia à cena. Os autores teriam se aproveitado do estado de embriaguez para cometer o crime.
No dia 30 de junho, uma dona de casa de 30 anos foi estuprada por dois homens e uma mulher no bairro Aero Rancho, na Capital. Eles teriam conhecido a vítima em um bar no Jardim das Hortênsias. Ela bebeu com os três e foi convidada a ir até a casa do casal, onde continuaram a beber. Segundo a vítima, o trio que a atacou usou cocaína.
Ela foi ameaçada com uma faca. O trio foi levado para a delegacia e todos indiciados por estupro de vulnerável, já que a vítima estaria bêbada no momento do crime.
No dia 17 de março, na região sul da Capital, uma jovem de 21 anos foi estuprada dentro de casa, ao lado da filha de apenas 3 anos de idade. O homem estava armado com uma barra de ferro e uma faca. O criminoso ameaçava matar mãe e filha durante o estupro.
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