“Enquanto o verdadeiro assassino está solto, eu estou preso”, diz acusado de matar com tábua de carne

Chorando muito durante seu depoimento no júri popular desta sexta-feira (31), em Campo Grande, Gélvio Nascimento Rosseto, acusado de matar a esposa Luana Greco, de 21 anos, disse ser inocente. “Enquanto estou preso, o verdadeiro assassino está solto”. Gélvio contou que saiu de casa no dia 23 de agosto e que não teria voltado mais […]

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Chorando muito durante seu depoimento no júri popular desta sexta-feira (31), em Campo Grande, Gélvio Nascimento Rosseto, acusado de matar a esposa Luana Greco, de 21 anos, disse ser inocente. “Enquanto estou preso, o verdadeiro assassino está solto”.

Gélvio contou que saiu de casa no dia 23 de agosto e que não teria voltado mais a residência depois daquela data. Ele contou que no dia anterior ao crime havia brigado com Luana porque estava usando drogas dentro de casa, e como estava chovendo, teria pedido a esposa para colocar os cachorros para dentro da residência, e ela teria negado.

Já no dia 24 pela manhã, Luana teria se despedido dele por volta das 8 horas e ido trabalhar. Em seguida, Gélvio contou que pegou algumas roupas, uma televisão e os cachorros e foi embora. “É uma injustiça o que está acontecendo”.

“Ela era a pessoa que eu mais amava depois da minha mãe. Não tem lógica eu fazer isso com ela”, falou o réu. Gélvio também negou que tenha agredido a esposa em qualquer ocasião.

Ainda segundo ele, a residência do casal ficava na esquina de um grande mercado que tinha câmeras de segurança, e que as imagens poderiam ter mostrado quem teria entrado na casa dele e assassinado sua esposa. Mas, segundo ele as imagens nunca foram requisitadas pela polícia.

Gélvio afirma que alguém teria invadido sua casa para roubar suas drogas e para não deixar testemunhas teria assassinado Luana com a tábua de carnes. Ele foi preso sete dias depois do crime, na casa dos pais. O réu teria sido levado para a residência do casal, e lá estava uma prima do pai de Luana que seria delegada e já teria afirmado que ele seria o autor do crime.

O primeiro a testemunhar, o pai de Luana, contou que as brigas entre o casal eram constantes, por causa, do uso de drogas por Gélvio e pelo ciúme que ele tinha dos quatro cachorros. Ainda segundo Celso Greco, no dia anterior ao crime, 24 de agosto, Luana foi até a casa dele para pedir a motocicleta emprestada para procurar por Gélvio que havia desparecido depois de uma briga do casal, por causa, de drogas. “Este foi último dia que vi minha filha com vida”.

Uma diarista que prestava serviços na casa do casal também prestou depoimento, e contou que no dia 24 foi até a residência do casal para fazer faxina, mas acabou passando o dia todo junto da Luana procurando pelo Gélvio que havia saído na noite anterior, após uma briga do casal.“Enquanto o verdadeiro assassino está solto, eu estou preso”, diz acusado de matar com tábua de carne

Segundo a diarista, Luana teria afirmado que se não encontrasse o marido iria se matar ou contratar alguém para matá-la. A diarista disse que este teria sido o último dia que viu Luana viva. A defesa do réu afirma que não existem provas contra ele.

Relembre o caso

O corpo de Luana Santos Grecco, de 22 anos foi encontrado na noite do dia 31 de agosto de 2016, em sua residência, no bairro Santa Luzia depois que vizinhos acionaram a polícia por causa do forte odor que vinha do imóvel.

Segundo informações policiais, Luana já estava morta havia cinco dias na residência e o suspeito pela morte da jovem seria o marido identificado como, Gelvio Rosseto, de 26 anos.

Testemunhas afirmaram aos policiais, que o casal convivia havia três anos e que eram constantes as brigas entre eles. O autor seria dependente químico. No dia 27, vizinhos teriam escutado uma briga entre o casal e barulho de vários objetos quebrando na residência. Luana foi morta no dia 27 de agosto.

Já no dia 28 de agosto, o autor foi visto por vizinhos no portão de sua residência com uma pessoa sobre o muro. Uma amiga de Luana teria perguntado para Gelvio sobre o paradeiro da jovem, mas ele, se mostrando indiferente, teria dito que não sabia onde a mulher estava.

Depois de cinco dias de sumiço da jovem e por causa do forte odor que vinha da residência, a polícia foi acionada pelos vizinhos que ao chegarem à residência encontraram várias marcas de sangue nas paredes da sala, da cozinha e do quarto.

No imóvel foi localizada uma faca com sangue e uma tábua de carne com fios de cabelo e sangue. O corpo da jovem estava no interior da residência.

 

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