Foi condenado a mais de 66 anos de prisão o professor acusado de estuprar e matar o menino ​Kauan Andrade, de 9 anos. A decisão dada pelo juiz Marcelo Ivo de Oliveira, de 7ª Vara Criminal de , vem um ano depois do desaparecimento do garoto no Bairro Aero Rancho, no dia 25 de junho de 2017.Após 1 ano, professor que estuprou e matou Kauan é condenado a mais de 66 anos de prisão

O professor  foi condenado à pena total de 64 anos, 11 meses e 6 dias de prisão, 1 ano e 3 meses de detenção, 15 dias de prisão simples e ao pagamento de 32 dias-multa em regime fechado pelos crimes de estupro de vulnerável com resultado morte, vilipêndio e ocultação de cadáver, além de dois estupros de vulnerável, exploração sexual de adolescentes, armazenamento de material  pornográfico envolvendo adolescente e importunação ofensiva.

Para a decisão o juiz levou em conta o depoimento de adolescentes que testemunharam o crime e laudos periciais que apontaram presença  de sangue que seria de Kauan em um tapete, piso e na cama do quarto do acusado, seguindo para a porta da sala e pia da cozinha da casa em que ele morava. Os mesmos vestígios também estavam presentes no porta-malas do carro do professor e em um facão que teria sido usado para esquartejar o menor de idade

Pelo estupro, morte, vilipêndio e ocultação do corpo de kauan  a pena foi de 22 anos e três meses, pelos dois estupros de vulneráveis, 18 anos e 8 meses e pelo crime de exploração sexual de cinco adolescentes a condenação foi de 24 anos, 3 meses e 6 dias de prisão.

Relembre o caso

​Kauan desapareceu da casa da família, no Aero Rancho, no dia 25 de junho. O menino cuidava carros na região quando foi visto pela última vez. A família registrou boletim de ocorrência e as investigações foram realizadas pela Depca. Foram mais de 20 dias sem notícias até o sábado em que o caso foi esclarecido.

Durante as investigações do desaparecimento, um adolescente de 14 anos acabou apreendido por envolvimento no crime. Ele relatou à polícia que atraiu Kauan na noite do dia 25 de junho para a casa. A criança teria morrido enquanto era violentada.

Com Kauan inconsciente, não se sabe ainda se desmaiado ou já sem vida, os suspeitos colocaram o corpo do menino em saco plástico e ‘desovaram' no Córrego Anhanduí, por volta da 1 hora do dia 26 de junho.

O homem suspeito de ser pedófilo foi preso no dia 21 de julho, no começo da tarde, pouco antes do início das buscas pelo corpo do menino. De acordo com o delegado, o suspeito negou as acusações, mas com o depoimento do adolescente e os fatos já confirmados pela perícia, não há dúvidas de que a vítima era Kauan.

Sobre o local onde o corpo foi deixado, segundo a autoridade policial, o adolescente apresentou contradição. Ele afirma que entrou no carro do suspeito, com o corpo no porta-malas, mas que não desceu do veículo para jogar o menino. O criminoso teria ido sozinho às margens do córrego e permanecido por aproximadamente 30 minutos.

Equipes da polícia e o Corpo de Bombeiros fizeram buscas pelo corpo de Kauan no Córrego Anhanduí. Apenas um saco de lixo com fios de cabelo foi encontrado.