Agepen arma esquema de segurança para diretor ameaçado pelo PCC

Ameaça foi descoberta na semana passada

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Ameaça foi descoberta na semana passada

Uma ameaça contra o diretor adjunto da PED (Penitenciária Estadual de Dourados), Antônio José do Santos, foi descoberta na semana passada quando agentes comunicaram que um preso integrante da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) teria dado a ordem de execução contra o diretor.

Um boletim de ocorrência foi registrado e após o fato descoberto um ‘protocolo de segurança’ foi colocado em prática para a preservação da vida do agente. De acordo com a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) todas a apurações devidas junto da Gerência de Inteligência do Sistema Penitenciário estão sendo apuradas.

O delegado regional de Dourados, Lupércio Degerone, informou que a polícia está investigando o caso e que o Setor de Inteligência da Civil irá procurar o Setor de Inteligência da Agepen para troca de informação. “A polícia irá identificar o autor da ameaça e o autor da determinação (para matar o diretor adjunto)”, afirmou ao Jornal Midiamax.

Na última terça-feira (10) vídeos e áudios foram divulgados, onde os detentos fazem um ‘protesto’ batendo objetos nas grades das celas. A intenção dos presos era a formação de um motim para a retirada de detentos do PCC de uma das alas do estabelecimento penal.

A Agepen negou a ocorrência do protesto e disse que os vídeos eram antigos, mas não revelou a data da filmagem. Sobre os áudios, a entidade disse ter identificado o detento e acrescentou que o celular que ele usou para espalhar os áudios foi apreendido.

O Comando da Polícia Militar na cidade, no entanto, confirmou o protesto dos presos e disse que o clima no local estava muito tenso. Informação que também foi confirmada pelo Sinsap (Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária). 
Agepen arma esquema de segurança para diretor ameaçado pelo PCC

PED

O estabelecimento penal conta com 12 agentes penitenciários por turno, com uma lotação de 2.500 detentos – a capacidade é para 700. Segundo informações do Sinsap (Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária) há 10 anos, o presídio contava com 34 servidores.

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