Criança está desaparecida há 27 dias

Enquanto os bombeiros realizavam as buscas neste sábado (22) para encontrar o corpo de uma criança que teria sido atirada no córrego Anhanduí, a família de Kauan Andrade Soares dos Santos, de 9 anos, acompanha sem esperanças de encontrar o menino vivo. A criança despareceu há 27 dias e a polícia já admite a possibilidade de ser Kauan.

Irene Andrade, 42 anos, é tia de Kauan e estava no local junto com outros familiares acompanhando as buscas. A família se desestruturou após o sumiço do garoto. “A gente não dorme e não come. Já perdemos a esperança”, contou a tia.

Segundo a tia, o maior motivo para a descrença em encontrar a criança com vida é o tempo que se passou desde o desaparecimento. “A gente só quer ter certeza [de que o corpo é de Kauan] para acabar com a dor”, disse. Para Irene, a família só espera “que a justiça seja feita”.

Além da tia, a mãe e os primos acompanharam todo trabalho de busca que foi realizada pelo Corpo de Bombeiros na altura da rua Barnabé Honório da Silva, no Jardim Pênfigo. As buscas estão se iniciaram na última sexta-feira (21), na Avenida Thyrson de Almeida com a Campestre, no Bairro Aero Rancho. A mãe estava chorando muito e estava sendo amparada pelos parentes.VÍDEO: Para família, não há mais esperanças de encontrar Kauan vivo

No local, se estiveram as equipes da Polícia Militar, Corpo de Bombeiro e da DPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente). As buscas foram encerradas ainda pela manhã. 

 

Caso

Kauan Andrade Soares dos Santos, de 9 anos, desapareceu no dia 25 de junho, quando saiu de casa para brincar com amigos. A casa do menino fica a aproximadamente 2 km do local das buscas.

Informações adquiridas pelos parentes dão conta de que Kauan e os amigos estariam cuidando de carros em uma lanchonete no Bairro Cophavila II. Já no período da noite, um mototaxista teria visto as crianças e ameaçado chamar o conselho tutelar.

Com medo, um dos garotos teria pedido para que o mototaxista o levasse de volta para casa. A segunda criança teria retornado a pé e, segundo os dois, Kauan teria permanecido no local.

A família registrou Boletim de Ocorrência na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Bairro Piratininga e as investigações são feitas pela Depca (Delegaca Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente).

 

Confira o relato da tia de Kauan, Irene Andrade: