Parentes de detentos reclamam da proibição de alimentos na Máxima
‘Privilégio’ foi cortado após tensão por ameaças
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‘Privilégio’ foi cortado após tensão por ameaças
Os familiares de presos do Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho, o presídio de Máxima de Campo Grande, reclamaram da proibição da entrada de alimentos e pertences que são entregues aos detentos no dia de visita. Na manhã deste sábado (16), o clima era tranquilo no local e as famílias foram informadas que a partir da próxima semana, os materiais serão barrados.
A medida foi tomada após tenção provocadas por ameaças da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). Em reunião entre a direção da Agepen (Agência de Administração do Sistema Penitenciário de Mato Grosso do Sul), o diretor da Máxima, Paulo da Silva Godoy e o presidente do Sinsap (Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária), André Luiz Santiago ficou decidida a mudança
Ainda conforme o sindicalista, a medida é amparada legalmente e, a entrada dos alimentos era uma espécie de privilégio, já que comida e objetos pessoais deveriam ser entregues apenas aos detentos que foram presos até 30 dias.
Os familiares dos detentos não gostaram da medida. Jorgina Mara Ferreira, 47 anos, foi levar comida para o filho, que está preso há três anos. Ela diz que já tinha ouvido falar dos rumores de proibição. “Está errado isso aí. A comida deles é ruim e não é mesma servida aos agentes. Não tem nem tempero”, afirmou.
Algumas mulheres de detentos disseram que foram surpreendidas com a informações. “Nem frutas são servidas”, disse uma delas.
Ameaça
Paulo da Silva Godoy, diretor da Máxima, foi ameaçado na noite da última quinta-feira (14) com um recado deixado na calçada de sua residência, em Campo Grande, supostamente por membros de uma facção criminosa.
Indagada sobre a situação a assessoria de comunicação da Agepen (Agência de Administração do Sistema Penitenciário de Mato Grosso do Sul), informou, nesta sexta-feira (15), que o serviço de inteligência de Agepen já está apurando o fato e que a suspensão de entrada de objetos e alimentos foi uma orientação do Sinsap.
O presidente do Sinsap informou ainda que os servidores de folga foram convocados para estarem no presídio a partir das 9h. A medida tem objetivo de oferecer reforço aos agentes que estão em serviço.
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