Em 5 dias, buscas por Kauan vasculharam 12 quilômetros de córrego

Já foram percorridos 12 quilômetros do córrego

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Já foram percorridos 12 quilômetros do córrego

Em cinco dias de buscas pelo corpo do menino Kauan Andrade, de 9 anos, o Corpo de Bombeiros já percorreu 12 quilômetros do Córrego Anhanduí, onde hoje (terça) foram retomadas as buscas, que desde sexta-feira (20) tenta encontrar o menino que teria sido jogado no córrego pelo acusado do crime com a ajuda de um adolescente de 14 anos.

Tenente do Corpo de Bombeiros, Alex Fernandes disse que já foram percorridos 12 quilômetros do córrego, e que nesta segunda-feira (24) as buscas foram da ponte do Jardim do Pênfigo até a frente de uma propriedade particular na ponte da Gameleira, e nada foi encontrado. O Córrego Anhanduí tem em algumas partes aproximadamente 3 metros de profundidade, sendo que sua maior parte é rasa. Não chove a aproximadamente 30 dias e de acordo com o tenente, o corpo deveria estar boiando no córrego, mas ele não descarta a possibilidade de Kauan estar preso em alguma pedra, ou enroscado em algum galho em meio a vegetação as margens do córrego.

Hoje (terça) as buscas retomam com uma varredura na margem seca do córrego, na ponte do Pênfigo e também com o auxílio de botes e mergulhadores, “As buscas não vão cessar até que tenhamos encontrado o corpo ou tenhamos novos elementos para determinar outro ponto”, explica o tenente.Em 5 dias, buscas por Kauan vasculharam 12 quilômetros de córrego

O caso

Kauan desapareceu da casa da família, no Aero Rancho, no dia 25 de junho. O menino cuidava carros na região quando foi visto pela última vez. A família registrou boletim de ocorrência e as investigações foram realizadas pela Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente). Foram mais de 20 dias sem notícias até o último sábado (22), quando o caso foi esclarecido.

Durante as investigações do desaparecimento, um adolescente de 14 anos acabou apreendido por envolvimento no crime. Ele relatou à polícia que atraiu Kauan na noite do dia 25 de junho para a casa do pedófilo. A criança teria falecido enquanto era violentada.

Com Kauan inconsciente, não se sabe ainda se desmaiado ou já sem vida, os suspeitos colocaram o corpo do menino em saco plástico e ‘desovaram’ no Córrego Anhanduí, por volta da 1 hora do dia 26 de junho.

O pedófilo suspeito de matar Kauan nega as acusações, mas de acordo com o delegado Paulo Sérgio Lauretto, o depoimento do adolescente e os fatos já confirmados pela perícia, na casa do revendedor de celulares, não deixam dúvidas da autoria.

Na casa do homem, que também já teria dado aulas de português em uma escola da região sul de Campo Grande, a polícia encontrou sangue na cama, no chão e no porta-malas do carro, além de material pornográfico no computado. Dois dos filmes apreendidos mostravam cenas com o próprio suspeito.

Sobre o local onde o corpo foi deixado, segundo a autoridade policial, o adolescente apresentou contradição. Ele afirma que entrou no carro do pedófilo, com o corpo no porta-malas, mas que não desceu do veículo para jogar o corpo. O criminoso teria ido sozinho às margens do córrego e permanecido por aproximadamente 30 minutos.

Casa incendiada

Na noite deste domingo (23) a casa onde o suspeito morava foi incendiada, supostamente por populares. O imóvel estava com as janelas quebradas, a porta arrombada, mas sem grandes danos causados pelo princípio de incêndio, que logo foi controlado pelos militares.

Autônomo em revenda de celulares, o suspeito se apresentava como professor para ganhar a confiança das vítimas e as levar para sua casa. Na manhã desta segunda-feira (24), vizinhos lembraram que o local era sempre movimentado e ‘vivia cheio de crianças e adolescente’, mas não o suficiente para despertar a desconfiança dos moradores.

 

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