Defesa aguarda fim de inquérito para decidir sobre pedido de liberdade de PRF

A polícia fará a reconstituição do crime 

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A polícia fará a reconstituição do crime 

Só depois que a Polícia Civil concluir os trabalhar de investigação é que a defesa do policial rodoviário federal Ricardo Hyun Su Moon vai decidir sobre o pedido de liberdade. Preso desde o dia 5 de janeiro, em virtude ao pedido do Ministério Público Estadual, o suspeito ainda deve participar da reconstituição do crime que resultou na morte do empresário Adriano Correia do Nascimento, de 32 anos, nesta quarta-feira (11).

Para a equipe do Jornal Midiamax, o advogado criminalista Renê Siufi explicou que deve esperar o fim do inquérito policial para tomar alguma medida em relação ao pedido de liberdade do policial, o que deve acontecer no início da próxima semana. “Só com o inquérito nas mãos, os laudos e o resultado dessa reprodução, vou ter um posicionamento”, explicou.

Na mesma linha, Siufi afirmou que também não participará da reprodução desta quarta-feira e que não conversou com o cliente sobre o assunto. “Isso é trabalho da Polícia Civil, acho que ninguém deve interferir”, afirmou o advogado.

Segundo detalhes passados pela assessoria do Governo, a reconstituição deve ocorrer aproximadamente no mesmo horário em que foi registrado o crime. Trechos da Avenida Ernesto Geisel serão interditados e pessoas que a delegada responsável pela investigação do caso, Daniela Kades, julgou que são importantes de estarem no local, participarão da reconstituição.

Nesta segunda-feira (9) Siufi ainda alegou que o processo sobre a morte do empresário seguiria em segredo de justiça, mas a reportagem apurou que ainda é possível ter acesso a ação.

Relembre o caso

No sábado (31), o policial Ricardo Hyun Su Moon foi preso após matar Adriano a tiros. O caso aconteceu na Avenida Ernesto Geisel, nas proximidades da Rua 26 de Agosto. O crime teria começado com uma briga de trânsito.

Conforme o relato do policial, Adriano conduzia a camionete Hilux quando teria ‘fechado’ o policial, que seguia em uma Pajero. A partir daí, ainda segundo o relato do policial, ele teria feito abordagem aos ocupantes da Hilux, que não teriam parado.

Segundo relato de testemunhas, o policial desceu e parou na frente da camionete. Ele alegou que Adriano tentou jogar o veículo contra ele, quando atirou. O PRF teria efetuado ao todo sete disparos, atingindo o motorista no tórax, além de ferir o passageiro nas pernas.

Adriano morreu no local e, perdendo o controle da direção da Hilux, ainda atingiu um poste, que caiu sobre o carro. As outras vítimas foram socorridas e levadas para a Santa Casa de Campo Grande. O policial não foi preso no local e se apresentou na delegacia, conduta que teria sido falha dos policiais militares que estiveram na ocorrência e é investigada.

Ricardo chegou a ser solto pela Justiça, mas foi preso novamente após entendimento de que ele teria mentido no depoimento, alterando a cena do crime.

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