Cinco dias após assassinato de empresário, restaurantes reabrem

Proprietário foi morto por um policial 

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Proprietário foi morto por um policial 

Os restaurantes Sushi Express e Madalena Sushi Bar vão retomar o atendimento ao público nesta quinta-feira (5), cinco dias após a morte do empresário Adriano Correia do Nascimento, de 33 anos. O proprietário dos estabelecimentos foi morto por um agente da PRF (Polícia Rodoviária Federal), na madrugada do dia 31 de dezembro de 2016.

“A equipe Sushi Express e Madalena Sushi Bar retorna nesta quinta feira dia 5 de janeiro a exercer suas atividades. Venha jantar conosco e saborear o melhor rodízio da cidade, estamos esperando por vocês”, informa publicação na página no Facebook.

Na publicação que anuncia o retorno do atendimento ao público, diversos internautas publicaram mensagens de apoio e conforto aos familiares de Adriano e aos funcionários dos restaurantes. “Força para toda equipe! E que Deus os abençoe e ampare nessa nova fase”, diz um comentário. “Que Deus os fortaleça e os ajude a continuar”, deseja uma internauta.

O Suhi Express e o Madalena estavam fechados desde a última sexta-feira (30), quando funcionários entraram em recesso de Ano Novo. O retorno estava previsto para a segunda-feira (2), mas por causa da morte de Adriano Correia o período foi prolongado. Informações de funcionários dão conta de que o retorno foi anunciado em uma reunião realizada na quarta-feira (4), entre funcionários das lojas e familiares do empresário morto.

O caso

Na manhã do último dia de 2016, o policial rodoviário federal Ricardo Hyun Su Moon, de 47 anos, afirmou ter desconfiado que Adriano, que conduzia uma Hilux, pudesse estar cometendo um crime depois que foi fechado por ele e por isso o abordou. Mesmo ouvindo a ordem de parada, o empresário teria tentado fugir e então, segundo o policial, foram feitos os disparos que mataram o motorista e feriram um adolescente que estava na caminhonete.

Qualquer policial que presencie uma situação de risco nas ruas pode e deve realizar a abordagem do suspeito, mas isso se estiver caracterizado, em uma viatura oficial, deixando claro ao cidadão que se trata de uma abordagem policial.

Conforme apurado pelo Jornal Midiamax, em casos assim, o recomendado pelo BPTran (Batalhão da Polícia Militar de Trânsito) é a ligação imediata para o Ciops (Centro Integrado de Operações de Segurança). O policial deve apenas fazer o acompanhamento do suspeito, informar a polícia de trânsito, que vai realizar a abordagem e verificar se o motorista de fato cometia infrações, ou estava embriagado.

O que aconteceu de fato na Avenida Ernesto Geisel ainda é investigado pelas equipes da 1ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande. Para as testemunhas, Adriano teria fechado o policial, que estava em uma Pajero. Os dois teriam iniciado uma briga, quase no cruzamento com a Avenida Afonso Pena, que se estendeu até as proximidades do Horto Florestal, na Ernesto Geisel.

Na Hilux, estavam o empresário, Agnaldo Espinosa da Silva, de 48 anos, e um adolescente de 17 anos. “Vamos chamar a Polícia de Trânsito para resolver isso”, teria dito o ocupante da caminhonete, mas depois disso o motorista tentou ir embora e o policial atirou contra o veículo.

Adriano foi atingido no pescoço e o adolescente nas pernas. Ferido, o empresário perdeu o controle da camionete e colidiu em um poste. Com o impacto, o poste chegou a cair em cima do veículo e o tio da vítima também sofreu um ferimento no braço. O policial Ricardo Hyun foi preso em flagrante e, depois, liberado pelo juiz, mas foi afastado do cargo na PRF e agora deve passar por exame psicológico.

A equipe de reportagem conversou com a PRF para saber quais são as orientações em abordagens de trânsito fora das rodovias, mas foi informada que detalhes como estes só são repassados pela Academia Nacional da Polícia Rodoviária Federal, com a qual não conseguiu contato

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