‘Assembleias’ de presos ligados ao PCC estão mais frequentes, admite Agepen

Segurança nas unidades foi reforçada 

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Segurança nas unidades foi reforçada 

Depois do vídeo em que presos ligados ao PCC (Primeiro Comando da Capital) aparecem comemorando e fazendo a oração da facção dentro da Máxima de Campo Grande, a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) admitiu que as ‘assembleias’ entre os internos vêm acontecendo com mais frequência desde que a guerra entre grupos rivais dentro dos presídios no Brasil se intensificaram.

No vídeo que circula nas redes sociais, um dos internos do Presídio de Segurança Máxima da Capital anuncia os acontecimentos na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte, neste fim de semana e comemora que nenhum dos 33 mortos é membro do PCC e sim do Sindicato do Crime do RN, facção da oposição na unidade.

“Tá ligado mano, e a cadeia de Alcaçuz, Rio Grande do Norte, onde ai era opressão, tá ligado mano. Eram várias injustiças, hoje ai já é nosso, entendeu mano, mais da metade dela, entendeu meus parceiros. Oh chegou até a mim, até o momento que eu estava acompanhando tá ligado? Já foi 33 morte da parte do sindicato. Graças a deus não perdemos nenhum irmão nosso”.

Depois do depoimento, os internos iniciam a oração do PCC e terminam a assembleia batendo palmas. “Se deus é por nós, quem será contra nós? Paz, justiça, liberdade, igualdade e união. Um por todos, todos por um. 1533, PCC”, repetem os presos.

Em nota, a Agepen alegou que “movimentos, atos e reuniões de seus internos” desde sempre acontecem e são monitorados pelos servidores e diretores de cada unidade. Mas reconhece que “em função do que ocorre no sistema prisional de vários estados da federação, tais movimentos, atos e reuniões, têm sido mais frequentes em algumas unidades”.

 “O que leva a Agepen, com a colaboração de todas as demais forças policiais, a intensificar o seu trabalho, em todos os sentidos, para se antecipar, impedir e vencer quaisquer crises que venham a ocorrer”, afirmou.

Desde o começo do ano já aconteceram rebeliões e motins presídios de cinco estados, Minas Gerais, Paraná, Manaus, Roraima e Rio Grande do Norte. Depois das centenas de mortes pelo país, a ordem para ‘estourar’ a Máxima na Capital já foi dada, segundo apurou a reportagem do Midiamax e uma lista com pelo menos 90 nomes estão marcados para morrer durante a ação em uma das unidades do complexo prisional, localizado do Jardim Noroeste.

A rebelião em Campo Grande aconteceria de fora para dentro e se estenderia do Presídio de Segurança Máxima para o Instituto Penal de Campo Grande. É na segunda unidade que uma lista com mais de 90 nomes de pessoas marcadas para morrer estaria circulando.

Em Mato Grosso do Sul, a guerra entre facções acontece entra membros do PCC e do Comando Vermelho. Áudios atribuídos a líderes das facções com ameaças de execuções, e até comemorações das mortes em outros presídios foram divulgados na semana passada. Mas a disputa entre os grupos é evidente desde dezembro, quando o primeiro motim relacionado a disputa foi registrado.

Confira o vídeo:

 

 

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