Polícia já ouviu cinco em investigação da morte do major morto pela esposa
Novos depoimentos serão colhidos
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Novos depoimentos serão colhidos
Até o momento a Polícia Civil já ouviu cinco pessoas no processo de investigação do homicídio de Valdeni Lopes Pereira, de 47 anos, major da Polícia Militar morto na terça-feira (9) por um disparo de arma de fogo efetuado pela esposa, a tenente-coronel, Itamara Romeiro.
De acordo com Claudio Zotto, delegado responsável pelo caso, já prestaram depoimento o comandante do 1º BPM (Batalhão da Polícia Militar), major Ajala, um oficial, representante da associação dos oficiais da Polícia Militar, uma oficial que trabalhava com o casal, o soldado que chegou primeiro ao local e a própria tenente-coronel, que prestou depoimento na tarde desta quinta-feira (14).
Está agendado para a tarde de segunda-feira (4) o depoimento do irmão de Valdenir que mora em Dourados, mas virá a Campo Grande e da mãe da tenente-coronel.
O delegado explica que ouvi-los é preciso para entender como era o convívio do casal, também para apurar as declarações sobre o comportamento agressivo do major e das agressões físicas sofridas pela esposa.
Itamara se apresentou na 7ª Delegacia da Polícia Civil na tarde de hoje. De acordo com Zotto, a oficial apresentava hematomas no braço e no pescoço e um ralado na cabeça.
O caso
O crime aconteceu na residência do casal, na Avenida Brasil Central no Bairro Santo Antônio. Segundo a polícia, os dois militares teriam se desentendido e durante a briga a tenete-coronel da Polícia Militar efetuou dois disparos contra do marido. Um deles atingiu o tórax da vítima, que morreu na sala de cirurgia na Santa Casa de Campo Grande.
Depois do crime, a policial permaneceu dentro da residência ameaçando cometer suicídio. Familiares de Itamara, a advogada e o comandante do 1º BPM (Batalhão da Polícia Militar), major Ajala, foram até o local e conseguiram negociar para que ela se entregasse.
Para colegas de trabalho dos policiais, o caso surpreendeu, já que o casal era considerado tranquilo. Itamara, que estava lotada no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, foi descrita pelos amigos como uma esposa amorosa.
Posteriormente, surgiu a versão de que uma briga, envolvendo uma viagem que se iniciara no dia seguinte ao crime, teria sido o estopim de tudo. O advogado da oficial afirmou que, segundo ela contou, agiu em legítima defesa. Itamara passou mal, segundo o delegado apresentava sinais de violência e foi levada para uma clínica psiquiátrica após o fato. Ela chegou a ir à delegacia nesta quarta-feira, mas o depoimento foi remarcado para hoje.
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