Polícia desmantela bando que deu golpe no BB avaliado em 300 mil reais
Os suspeitos vão responder em liberdade
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Os suspeitos vão responder em liberdade
Uma operação conjunta entre três delegacias especializadas de Campo Grande desarticulou nesta segunda-feira (15) uma quadrilha que pode ter dado golpe de mais de R$ 300 mil no Banco do Brasil de Mato Grosso. O grupo falsificava documentos para desviar pagamentos que o banco deveria repassar a justiça do estado vizinho.
Todo o crime acontecia dentro de um escritório de advocacia que prestava assessoria jurídica ao banco.
De acordo com o Delegado Edilson dos Santos Silva, titular do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros) as empresas mantinham uma linha de comunicação interna (intranet) pela qual trocavam senhas para acesso e autorizações de pagamento de diligências processuais determinadas pela Justiça, normalmente o descolamento de oficiais de justiça que atuavam em processos envolvendo o banco.
Era ai que Thiago Ribeiro Duque Estrada, de 26 anos, funcionário do escritório, começava a aplicar o golpe. Como tinha acesso às senhas, Thiago enviava as ordens de pagamento para Daniel Silverio da Silva, de 25 anos, que alterava a conta e os valores dos boletos. “Na ordem de pagamento, vinha o nome e a conta do oficial que receberia o dinheiro, eles alteravam o conta e o valor, por exemplo, se era R$ 100, eles mudavam para R$ 4 mil”, explicou o delegado.
Seis pessoas recebiam o dinheiro desviado: Pedro Henrique Cosmo Freitas, de 23 anos, Camila Modesto Guisso, 24 anos, Deisielen Sobrinho Moreira, de 27 anos, Guilherme Bezerra Antero da Silva, 25 anos, Adenilson da Silva Gurjão e Jorge Mendes Lopes, de 23 anos.
Foram pelo menos seis meses de golpe que já somaram um prejuízo de R$74.576,02. Já o banco e o escritório de advocacia estimam que na verdade o valor pode chegar aos 300 mil reais. Segundo a polícia, na conta de Adenilson foram feitos vários depósitos, mas o banco conseguiu identificar o golpe e bloquear o dinheiro antes de ser retirado.
Nesta segunda-feira, foram realizadas buscas nas residências dos suspeitos e apreendidos vários computadores que podem ter sido utilizados para a prática do crime, assim como quatro veículos, uma camionete Ford Ranger, um Volkswagem Gol, um Renault Sandero e uma motocicleta Honda CG1560, que podem ter sido adquiridos com dinheiro do estelionato.
Ainda durante a operação os policiais encontraram na casa de Guilherme Bezerra, 588 gramas de maconha, separadas em 11 pacotes e também uma balança de precisão. Guilherme foi preso em flagrante por tráfico de drogas, já os outros integrantes do grupo responderão em liberdade. Todos foram indiciados por estelionato mediante fraude e associação criminosa.
Participaram da Operação “Custas ex Lege” equipes do Garras, da Deco (Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado) e da DEH (Delegacia de Repressão aos Crimes de Homicídio).
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