Interno assassinado na Máxima pediu transferência de cela por segurança
Ele estava na ala de isolamento há quatro dias
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Ele estava na ala de isolamento há quatro dias
O interno Adonias da Silveira Felipe, de 33 anos, teria pedido para ser transferido de cela por questões de segurança dias antes de ser assassinado no Presídio de Segurança Máxima “Jair Ferreira de Carvalho”, em Campo Grande. A vítima estava na ala de isolamento desde o dia 1º de dezembro, quatro dias antes do crime. O homicídio aconteceu na madrugada de segunda-feira (5).
Conforme apurado pelo Jornal Midiamax, a última movimentação de Adonias no presídio aconteceu no dia 1º deste mês, quando ele pediu para ser transferido de cela por questão de segurança. Por conta disso, ele ficou na cela 408, que fica na área de isolamento do estabelecimento.
Ainda assim, quatro dias depois, presos de uma cela ‘vizinha’ serraram as grades e conseguiram sair, andando livremente pelo corredor do presídio, até chegarem ao local onde Adonias estava. Para entrar, eles ainda arrombaram o cadeado a cela da vítima e o enforcaram com uma ‘tereza’, corda artesanal, para simular um suicídio.
De acordo com o delegado que investiga do caso, Paulo Henrique Sá, da 3ª Delegacia de Polícia Civil, além de serraram as grades da cela em que estavam, a 413, os presos precisaram fazer o mesmo com o portão que dá acesso a ala de isolamento. Depois do crime, ele ‘colaram’ as grades com sabão, para evitar que a fuga fosse notada pelos agentes.
Agora a polícia investiga quantos presos participaram do homicídio. Para isso, todos devem fazer exame de corpo de delito no Imol (Instituto Médico e Odontológico Legal), já que o espaço aberto entre as celas era pequeno e as grades causaram lesões nos presos. “O relato é que vários presos invadiram a cela”, lembrou o delegado.
Equipes da 3ª Delegacia ainda investigam a motivação do crime, mas a polícia acreditada que possa ser um acerto de contas em virtude a dívidas com o tráfico dentro da unidade.
Recentemente, 6 agentes penitenciários foram ameaçados de morte no Presídio de Segurança Máxima, e o ‘livre acesso’ de presos a outros pontos do presídio mostram a falta de segurança no local. Além disso, foi apurado que as câmeras de segurança não capturaram imagens do local, pois não estariam funcionando corretamente.
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