Vítima teria contado sobre assédio ao marido porque precisava levá-lo com ela à Deam
A delegada teria exigido que Francimar fosse até a unidade para uma conversa
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A delegada teria exigido que Francimar fosse até a unidade para uma conversa
Uma das cunhadas de Francimar Câmara Cardoso, que preferiu se identificar apenas como “Claudia”, informou à equipe do Jornal Midiamax que, a irmã só tomou a iniciativa de contar para o marido sobre o assédio sofrido por Bruno Soares da Silva Santos, de 29 anos, no dia 23 de fevereiro, por exigência da delegada.
“Ela me contou que estava sendo assediada por ele desde quando entrou na empresa, em setembro do ano passado”, relata Claudia. Os dois trabalhavam em uma escola de cursos profissionalizantes na Rua Maracaju, na área central de Campo Grande. Mesmo local onde Bruno foi morto na segunda-feira (16).
“No início eram elogios, sobre que ela era bonita demais. Depois passou para brincadeiras, onde ele tentava agarrá-la. Por fim, ele a levou à força de um ponto de ônibus, onde acabou a molestando”, afirma.
Claudia relata que a irmã resolveu procurar a polícia para fazer a denúncia no dia 6 de março, alguns dias após sofrer a violência. “A delegada exigiu que ela levasse o marido junto em uma audiência que estava marcada para terça-feira (17), na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento a Mulher). Era para conversar com ele sobre o caso e evitar que uma tragédia fosse feita”, diz.
“Então, no sábado (14), eles foram para Aquidauana e por lá, ela contou para ele, mas isso não resolveu muito, porque segunda-feira (16), ele foi atrás de Bruno”, comenta Claudia que torce para que o cunhado seja liberado, “minha irmã está sofrendo muito, está em depressão. Ela precisa dele. Tomara que ele seja colocado em liberdade”.
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