Polícia espera concluir caso de mortes na quimioterapia da Santa Casa em até 30 dias

Quase um ano das mortes, a polícia recebeu laudo periciais que faltavam

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Quase um ano das mortes, a polícia recebeu laudo periciais que faltavam

Após quase um ano, a Polícia Civil recebeu nesta quinta-feira (25), os laudos periciais que faltavam sobre as três mortes de pacientes do setor de quimioterapia da Santa Casa de Campo Grande. A expectativa da polícia é de que em até 30 dias o caso seja concluído.

De acordo com a delegada Ana Claudia Medina, atual titular da Deco (Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado), que já era responsável pela investigação na 1ª Delegacia de Polícia Civil, na região central da Capital, os laudos estão sendo analisados  com as 10 mil páginas do inquérito policial para verificar o que falta e concluir o caso.  

As pacientes Maria Glória Guimarães, de 61 anos, Carmem Insfran Bernard, de 42 anos, e Norotilde Araújo Greco, de 72 anos, foram submetidas a sessões de quimioterapia entre os dias 24 e 28 de junho. As três foram internadas entre os dias 2 e 9 de julho em virtude das reações exageradas aos medicamentos e as mortes aconteceram entre os dias 10 e 12 do mesmo mês.

Uma das peças-chave da investigação foi a paciente Margarida Isabel de Oliveira, de 71 anos. Ela também recebeu medicação na mesma época em que as outras vítimas, sobreviveu e prestou depoimento à polícia. Ela acabou morrendo no dia 27 de janeiro deste ano.

De acordo com o Hospital do Câncer Alfredo Abrão, a idosa chegou ao hospital em novembro, e estava em cuidados paliativos, isto é, em virtude do quadro clínico, ela realizava o tratamento em casa, com o acompanhamento do hospital. Ela foi internada há dois dias, com o quadro agravado da doença. O falecimento, teria se dado por conta do agravamento.

Durante as investigações, prestaram depoimento os médicos José Maria Ascenço e Henrique Guesser Ascenço, responsáveis pela clínica que realizava a manipulação da fórmula aplicada nos pacientes em tratamento da quimioterapia na Santa Casa.

Também foram ouvidas uma farmacêutica e uma enfermeira, que por vezes, também realizava manipulação das fórmulas. Posteriormente, prestou depoimento o farmacêutico que fez a manipulação dos medicamentos aplicados nas pacientes.

As investigações que revelaram que houve falha no registro de procedimentos feitos pelos pacientes no setor. Os corpos das pacientes, que já haviam sido enterrados, foram exumados.

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