Com uma salva de tiros em homenagem ao soldado e uma marcha fúnebre, amigos e familiares deram adeusao soldado

O soldado João Márcio Leite da Cruz, de 34 anos, assassinado na madrugada de segunda-feira (02), foi sepultado na manhã desta terça-feira (03) no cemitério Santa Cruz, em Corumbá, a 426 quilômetros de Campo Grande. Familiares e amigos de trabalho acompanharam o enterro que foi marcado pela emoção.

De acordo com o site Diário Corumbaense, viaturas da Polícia Militar, Polícia Civil, PMA (Polícia Militar Ambiental), DOF (Departamento de Operações de Fronteira), Polícia Federal, Guarda Municipal, Agentes de Trânsito, Corpo de Bombeiros e o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) acompanharam o cortejo da capela onde o corpo foi velado, até o cemitério, localizado na área central da cidade.

Com uma salva de tiros em homenagem ao soldado e uma marcha fúnebre, os companheiros de trabalho, amigos e familiares deram adeus a João Márcio.

“O João Márcio foi um policial exemplar. Como profissional, sempre estava sorrindo, se tivesse uma ocorrência, ele estava pronto para atendê-la, não fugia do trabalho, não temia o perigo, era um policial que tinha uma boa conduta. Lealdade e companheirismo representaram meu irmão de farda no tempo em que trabalhamos juntos”, disse emocionado ao o soldado Gerson Rodrigues de Freitas.

Amizade também foi uma das grandes qualidades do soldado. “Eu era um dos amigos do João Márcio, que era uma pessoa que em momento nenhum se negava a ajudar os companheiros de serviço, seus familiares, que amava muito. Amizade é a palavra que eu tenho para descrevê-lo”, contou o soldado Luiz Antônio Bonfim dos Reis.

O caso

O soldado foi morto na avenida 14 de Março, em Ladário, em frente a uma casa de pagode. João Márcio levou três tiros: um no peito, um na perna e outro na região do abdômen e foi encontrado caído em cima da moto dele.

Mesmo baleado, ele ainda trocou tiros com Jonilson Silva da Cruz, de 33 anos, que foi ferido no confronto. No pronto-socorro de Corumbá, o autor foi morto pelo amigo de infância de João e também policial militar, Edevaldo Aleixo Marques Fontes, de 38 anos, depois de debochar da morte do PM.

O soldado Fontes está preso no 6º Batalhão da Polícia Militar, que abriu inquérito policial para apurar o caso. Já na Delegacia de Polícia Civil, estão presos quatro homens suspeitos de envolvimento no assassinato do soldado. Um quinto suspeito está foragido. O motivo do crime ainda não foi esclarecido.