Índios invadem fazenda Buriti e família sai escoltada por cinco viaturas da Polícia Federal

Segundo a família Bacha, a Polícia Federal enviou somente quatro agentes para cuidar da segurança dos 300 índios que invadiram e destruíram a sede da fazenda Buriti nesta manhã.

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Segundo a família Bacha, a Polícia Federal enviou somente quatro agentes para cuidar da segurança dos 300 índios que invadiram e destruíram a sede da fazenda Buriti nesta manhã.

A sede da fazenda Buriti, que fica em Sidrolândia, distante cerca de 70 quilômetros de Campo Grande, foi invadida por volta das 12h deste sábado (18) por cerca de 300 índios e a família do ex-deputado Ricardo Bacha precisou saiu escoltada por cinco viaturas da Polícia Federal.

A ação aconteceu três horas antes de extrapolar o prazo dado pela Justiça para que os índios deixassem o local. Segundo familiares de Bacha, os terena teriam cercado a sede, cortado a fiação da rede elétrica e ameaçado os moradores com armas. A Polícia Federal não se pronunciou até o momento sobre o que teria acontecido no local.

Cunhada de Bacha, Juci Gaspar diz que saiu de Campo Grande para levar um bolo para a irmã e relata ter se assustado com o que viu. “Parecia coisa de cinema, eles cercaram a sede e nos ameaçaram”.

Porém, de acordo com o delegado Fernando Paganelli, a família foi escoltada para fora da propriedade para evitar conflitos maiores. “Quem tem que negociar com os índios é a Polícia Federal e não a família”, ponderou.

O delegado disse aguardar decisões de instâncias superiores, como a Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul) para voltar ao local. No momento, apenas os índios estão na fazenda.

Ricardo Bacha, que está em posto de gasolina próximo a fazenda Buriti, classificou a ação dos índios como uma ‘morte anunciada’ e acusou a Polícia Federal de ser conivente com a ação. “A Polícia Federal parece ser conivente com os índios. Estou muito decepcionado porque a polícia sabia que isso poderia acontecer e deixou apenas quatro agentes na fazenda”.

A equipe de reportagem não foi autorizada a chegar perto da propriedade por questões de segurança. Ninguém da Funai (Fundação Nacional do Índio) foi localizado para falar sobre a segurança dos próprios índios na região.

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