Polícia vai investigar maus-tratos em cadela vira-lata

Mel, a cachorrinha vira-lata de três meses, que está comovendo a população, está há 20 dias na clínica veterinária, onde foi deixada por um homem que se identificou inicialmente como parente do proprietário.

Ana Lucia ressaltou que tem a clínica há 10 anos e que é bastante comum chegar animais machucados e que os casos nunca são levados ao conhecimento da polícia. Desta vez, a veterinária decidiu tornar pública a agressão contra o animal.

A veterinária passou para o delegado Miguel Said os contatos com o proprietário e as informações sobre o caso.

Segundo o delegado Miguel Said, a polícia tomou conhecimento por meio das redes sociais.
“Estamos tomando as providencias cabíveis para verificar se ocorreu algum crime contra o animal. Temos que conscientizar as pessoas de que este ato é reprovável moralmente. Na área criminal, o artigo 32 da lei 9.605, prevê a detenção de três meses até um ano, além de multa para quem cometer esse crime”.

O inquérito foi aberto nesta sexta-feira (16) e será investigado pela DECAT (Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e Proteção ao Turista), sob a responsabilidade da delegada Suzimar Batistela.

A cachorrinha Mel será submetida a exames de raio-x, ortopedistas e especialistas na área de veterinária. “As chances de Mel voltar a andar são mínimas, inclusive no início, chegamos a pensar em eutanásia (procedimento em que o animal é sacrificado). Mas, a gente se apegou e agora isso não passa pela cabeça”.

Neste momento a cadela está em um canil, sendo alimentada com ração, vitaminas e medicamentos para o fortalecimento da coluna. Todos os gastos são mantidos por meio de doações de profissionais da área. Mel ainda deverá passar por uma cirurgia para tentar restaurar parte da coluna e uma fratura na tíbia.

 “Após a repercussão nas redes sociais, várias pessoas quiseram adorar o animal, sendo de São Paulo, Rio de Janeiro e Londres. Só que os cuidados são inúmeros e a pessoa deve estar ciente disso. Agora vamos adquirir uma cadeirinha no valor de R$ 500”.

Mel está sendo mantida por doações de profissionais, pois além dos medicamentos deverá passar por sessões de fisioterapia e acupumtura.