Polícia prende acusado de homicídio em fazenda no Pantanal

Policiais do Serviço de Investigações Gerais (SIG) do 1º Distrito de Polícia Civil de Corumbá solucionaram homicídio ocorrido sexta-feira, 23 de março, em uma fazenda na região sul do Pantanal corumbaense. O acusado está preso. Uma testemunha também foi presa, mas por porte ilegal de arma de fogo. Para chegar até o local do crime, […]

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Policiais do Serviço de Investigações Gerais (SIG) do 1º Distrito de Polícia Civil de Corumbá solucionaram homicídio ocorrido sexta-feira, 23 de março, em uma fazenda na região sul do Pantanal corumbaense. O acusado está preso. Uma testemunha também foi presa, mas por porte ilegal de arma de fogo.

Para chegar até o local do crime, distante cerca de 8 horas de barco, a equipe de investigação contou com apoio da 18ª Brigada de Infantaria de Fronteira que cedeu embarcação e acompanhou os policiais até a região, que fica nos limites dos municípios de Corumbá e Porto Murtinho.

Foragido da Justiça da cidade sul-mato-grossense de Costa Rica, Alaor Gonçalves da Silva, 29, conhecido como “Negão”, disse aos policiais ter se sentido ameaçado com a presença de João Insabralde, 43, o “João do Burro” e o matou após uma pequena confusão ocorrida na propriedade rural. “Negão” havia sido ameaçado anteriormente por “João do Burro”, que de acordo com a Polícia é responsável por pelo menos três homicídios na região do Pantanal.”Era um indivíduo de alta periculosidade e já estava sendo montada uma operação para prendê-lo”, disse o delegado titular do 1º DP, Gustavo de Oliveira Bueno Vieira . “O Alaor diz que [o crime] foi praticado em legítima defesa, mas ainda está em curso a investigação”, ressaltou.

“O fato ocorreu na sexta-feira [dia 23] e os investigadores chegaram sábado [24], às 17h30 e por tal motivo se inviabilizou o flagrante. Ele não foi autuado em flagrante, mas como possui mandado de prisão da Comarca de Costa Rica, foi preso por conta desse mandado. Nós estamos representando pela prisão temporária dele por conta do homicídio”, explicou o delegado. “Recebemos uma ligação da Delegacia de Porto Murtinho informando que havia uma vítima de homicídio em uma fazenda quase nos limites territoriais com a cidade de Porto Murtinho. Como é circunscrição de Corumbá, traçamos um plano de ação com uma equipe do SIG e apoio da 18ª Brigada de Infantaria”, contou o delegado ao Diário sobre a logística para chegar ao local do crime.

O delegado contou que na fazenda ainda foi presa uma testemunha, por porte ilegal de arma de fogo. Foi arbitrada fiança, mas ela permanece presa. Foram apreendidos três revólveres – da vítima fatal, do acusado e da testemunha – todos calibre 38. “Infelizmente, o porte de armas no Pantanal é uma constante”, frisou o titular do 1º DP.

De acordo com o delegado Gustavo Bueno, o acusado contou que a “vítima o teria ameaçado anteriormente e chegou a essa fazenda talvez para concretizar a ameaça. O autor, se sentindo ameaçado, – não havia circunstância que a vítima iria matá-lo -, sacou arma de fogo e deu um disparo fatal. Apesar de a vítima estar armada, isso não quer dizer que ele foi para matar. No Pantanal, infelizmente, o porte de armas é uma constante”, afirmou. “Está completamente definida, os investigadores fizeram um trabalho bem elaborado, as testemunhas ratificaram que houve uma pequena confusão e após a confusão o autor efetuou o disparo.”

Agora, a Polícia tem trinta dias para concluir o inquérito. “Negão” vai responder por homicídio, as qualificadoras ainda não foram definidas.

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