Ataques armados na Jordânia deixam 10 mortos, entre eles turista canadense

Os ataques coincidiram com os esforços da Jordânia para dar impulso ao turismo, setor-chave de sua economia

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Os ataques coincidiram com os esforços da Jordânia para dar impulso ao turismo, setor-chave de sua economia

Dez pessoas, entre elas uma turista canadense, morreram neste domingo (18) perto de um ponto turístico do sul da Jordânia, em ataques realizados por homens armados não identificados, dos quais quatro foram mortos após horas de perseguição.

Sete policiais, dois civis jordanianos e uma turista canadense morreram e 27 pessoas ficaram feridas em uma série de tiroteios em Karak, informou o serviço de Segurança Geral em um comunicado.

A cidade, localizada a 120km de Amã e conhecida por sua cidadela do século XII, é uma das maiores e mais turísticas da região.

Segundo uma fonte da segurança, quatro invasores que haviam se refugiado na cidadela foram mortos pelas forças de ordem após horas de perseguição e confronto.

Não está claro se os quatro homens foram os únicos responsáveis pelos ataques, cuja autoria não foi reivindicada.

Segundo o serviço de Segurança Geral, o primeiro ataque aconteceu quando uma patrulha entrou em uma casa de Karak após um alerta de incêndio.

“Assim que chegou ao local, homens não identificados que estavam na casa abriram fogo contra a patrulha, ferindo um policial, e fugiram em um carro”, informou o serviço de segurança, citado pela agência oficial Petra. “Pouco depois, homens armados abriram fogo contra outra patrulha.”

Ao mesmo tempo, indivíduos entrincheirados na cidadela atiraram contra a delegacia de Karak, ferindo policiais e pedestres.

O premier Hani Muliq, que discursava no Parlamento no momento dos fatos, afirmou que “forças especiais e policiais cercavam homens armados entrincheirados na cidadela de Karak”, “cinco ou seis”, segundo a Direção de Segurança Geral.

A Jordânia integra a coalizão internacional que bombardeia o grupo Estado Islâmico (EI) na Síria e no Iraque desde 2014. O reino executa bombardeios aéreos contra os extremistas e abriga em seu território tropas da coalizão.

Em junho, um atentado suicida reivindicado pelo EI matou sete guardas jordanianos na fronteira com a Síria.

Os ataques coincidiram com os esforços da Jordânia para dar impulso ao turismo, setor-chave de sua economia.

Segunda fonte de receita do país, atrás dos envios de remessas dos expatriados, o turismo contribuiu em 2015 para 14% do PIB do reino.

Os visitantes abandonaram o país devido aos distúrbios relacionados às rebeliões do mundo árabe em 2011, e aos conflitos nos países vizinhos.

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