No coração da maior avenida de Campo Grande, tons alegres e cruz de igreja são destaques

Templo fica em frente ao Córrego Anhanduí, próximo a ginásio e shopping

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Arco, beiradas irregulares e cruz vazada compõem fachada da igreja (Fotos: Marcos Ermínio/Jornal Midiamax)

Tons de cores pastéis e alegres nos muros, além de uma grande cruz vazada na fachada, anunciam a igreja Santa Paulina para quem vem na Avenida Ernesto Geisel, em Campo Grande, no sentido Centro/Bairro Taquarussu. O templo fica próximo a referências como o Ginásio Guanandizão e um shopping da região, dando de frente ao Córrego Anhanduí.

Valorizar a localização privilegiada “no coração” da mais longa avenida da Capital, é a justificativa para a Santa Paulina ter ganhado, há cerca de dois anos, pintura renovada com cores que destoam dos templos mais tradicionais, onde geralmente se vê variações de branco, bege e marrom predominando.

A estrutura elevada e o design imponente da fachada dão a falsa impressão que o interior da igreja é imenso, mas, não. Ele é daqueles pequenos e acolhedores muito procurados, inclusive, para quem busca um templo para sacramentar casamento ou batizados entre famílias pequenas e poucos amigos.

A Santa Paulina fica no meio da Av. Ernesto Geisel (Imagem: Reprodução/Google Maps)

Arquitetura moderna

O estilo arquitetônico da igreja é o moderno. Frequentadora desde a infância e secretária da Paróquia Cristo Luz dos Povos, da qual faz parte a Comunidade Santa Paulina, Lucimaira Freitas conhece todos os detalhes e destaca que a fachada, o arco até a entrada, portas e janelas compõem o modelo da construção e se conectam à imagem de Santa Paulina.

A santidade que dá nome à Comunidade foi a primeira a ser canonizada do Brasil. Embora nascida na Itália, Santa Paulina viveu em terras brasileiras a partir dos 10 anos de idade. Ela está representada em imagem, ao lado do altar, e também por meio do arco da fachada. “O formato é o mesmo formado pelo hábito religioso na cabeça”, explica. Além disso, a forma das janelas e portas imitam o “triângulo arredondado” que a touca de um estilo mais antigo de vestimenta religiosa fazia sob o corpo das freiras.

A entrada da igreja (Foto Marcos Ermínio/Jornal Midiamax)

Para a parte da fachada onde está a cruz foi escolhido o formato de meio cilindro, que permite avistar de longe a igreja, afirma Lucimaira. “De lá do Guanandizão dá para ver”, completa. O desenho irregular das beiradas “amarra” toda a parte frontal, entregando o ar de modernidade.

Internamente, a estrutura é padrão. O que chama atenção mesmo é a simplicidade de tudo o que tem dentro e o fundo de um painel com a imagem de Jesus Cristo e um amplo céu em tom aberto de azul.

Interior simples e acolhedor do templo (Foto Marcos Ermínio/Jornal Midiamax)
Crufixo à frente do painel assinado por L. Xavier (Foto Marcos Ermínio/Jornal Midiamax)

Fundada em área periférica, diante de habitações precárias

A igreja Santa Paulina nasceu num terreno bem próximo de onde está hoje. No antigo local, hoje funciona a Emei (Escola Municipal de Educação Infantil) Professor Osvaldo Maciel de Souza.

Depois de mudar outra vez, o atual terreno foi adquirido e a igreja foi construída em 1994. Em seus primeiros anos, ela fazia frente às habitações precárias ocupadas muitas famílias às margens do córrego Anhanduí, tendo prestado apoio a elas durante muitos anos, conta também Lucimaira. “Era uma área de periferia, que recebia a atenção da igreja”, lembra.

Atrás da imagem de Nossa Senhora das Graças, cruz vazada é iluminada com lâmpadas de LED à noite (Foto Marcos Ermínio/Jornal Midiamax)

Essa relação acaba fazendo ponte com a história de Santa Paulina, acrescenta a secretária paroquial. “Ela é conhecida como a santa dos pobres e dos doentes, por seu cuidado com as pessoas necessitadas”, ela afirma.

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