Tereré e ‘modas caipiras’ de Campo Grande inspiram roteirista em nova série da Netflix
Série se passa em Goiás, local onde Patrick e toda equipe escolheram para ambientar e também representar o centro-oeste brasileiro, o cerrado e “todas as coisas” vividas por Luciano, na capital sul-mato-grossense
Graziela Rezende –
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O tereré a as “modas caipiras”, na companhia da avó Aurora, jamais saíram da memória do roteirista e criador Luciano Patrick, de 45 anos. Nascido no interior de São Paulo, foi morar com toda a família em Campo Grande, com um ano de idade. Infância e adolescência na cidade morena e todas essas referências o inspiraram para a nova série da Netflix Brasil: Só se for por Amor.
A série se passa em Goiás, local onde Patrick e toda equipe escolheram para ambientar e também representar o centro-oeste brasileiro, o cerrado e “todas as coisas” vividas por Luciano, na capital sul-mato-grossense. “Tive muitos amigos músicos nesta cidade, não eram profissionais na época. E foram muitas rodinhas de tereré, muito som de viola. Ficava ouvindo vida cigana e tenho estas e muitas outras lembranças. Para mim, é um lugar muito musical”, explicou.
Dessa forma, o roteirista se tornou aficionado em mudar o arranjo, ritmo e melodia de músicas. “A gente presta atenção nela de outra forma e tudo isso se tornou inspiração para esta série. Temos releitura de músicas de coisas que foram muito afetivas para mim e que fazem lembrar as manhãs que eu passava em Campo Grande, ao lado da minha avó. Ela gostava demais de música sertaneja, aquela música caipira. Lembro que ouvia Perla também e outras com influência do Paraguai”, contou Luciano.
Segundo o roteirista, também houve uma mescla com o chamado novo sertanejo. “Também temos Marília Mendonça, João Bosco e Vinícius, Barões da Pisadinha, Anitta, Isa, Pabllo Vittar, uma mescla de músicas clássicas e afetivas deste mundo sertanejo”, argumentou.
Formado em jornalismo, na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Luciano atuou com produção de vídeo e TV, até o ano de 2007, quando passou a estudar cinema e montou uma produtora juntamente com o irmão.
“Campo Grande não aparece diretamente. A série se passa em Goiânia e falamos mostrando o cerrado, a música. Ela fala sobre uma banda, sobre músicos e sonhos, exatamente igual muitos dos amigos musicais que passavam tardes em rodas de violão. Este foi o ponto. E na série também o nome da minha avó se tornou o nome de uma das personagens, a mãe da Deusa. E minha família toda permanece em Campo Grande. Estou morando em São Paulo, mas, sempre que posso vou até esta cidade. Só boas lembranças”, finalizou.
Veja um dos vídeos de divulgação da nova série:
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