‘Aesthetic de milhões’: saiba como eram as capas de vinil antigamente

O MidiaMais encontrou as capas com os nomes mais inusitados de duplas que marcaram seu tempo

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capas de vinil
(Foto: Reprodução/Internet)

Com seu primeiro registro começando em 1948, os discos de vinil, também conhecidos como Long Play (LP), foram o principal material utilizado para reproduzir músicas por décadas, até as novas tecnologias chegarem. O MidiaMais encontrou as capas com os nomes mais inusitados de duplas que marcaram seu tempo, e que remetem a memória de quem é apaixonado, a doce lembrança.

Duplas Sertanejas

A dupla Preferido e Predileto, formada por Diogo Agostinho e José Leonildo, nascidos no Paraná, gravou seu primeiro álbum em 1979, e seus maiores sucessos foram “A Mancha”, “Cachorro Valente” e “El Pastor. A discografia de dupla é composta por 5 LP’s, 01 LP de Coletânea e 4 CD’s. O MidiaMais quer saber, de quem você gostava mais?

Fã de música desde criança, a aposentada Doralice Alves, de 64 anos é apaixonada por vinil. Em Campo Grande, ela tem uma vasta coleção de vários artistas e também músicos que fizeram sucesso ao redor do mundo.

Doralice conta que os nomes inusitados de antigamente eram a melhor propaganda dos cantores. “Quem sabe qual é o preferido, e qual é o predileto? Era para chamar atenção, um ouvia e passava para o outro no boca a boca, as pessoas às vezes nem conheciam, mas compravam por causa da capa, por causa dos nomes. A divulgação era feita com os nomes diferenciados”, enfatiza.

Capas de Vinil
Foto: Nathalia Alcântara

Além dos cantores Preferido e Predileto, você já ouviu falar do Redator e Jornalista? A dupla fez sucesso em 1980, formada pelo marceneiro Carlos Aparecido (redator) do sul de Minas Gerais, e pelo vendedor Clóvis Barbosa (jornalista) do interior de São Paulo.

A aposentada relata que a dupla não passava nem perto de ser um Redator e um Jornalista. “Eram nomes fantasiosos que eles criavam para ter divulgação. Na época a propaganda de um disco de vinil, de uma gravação, era muito difícil. Não tinham acesso a rádio, nem outros meios de comunicação. Em programas de TV era impossível, era só para elite da jovem guarda”, comenta a colecionadora.

A década de 80 também foi marcada por ‘Sagitário & Capricórnio’, e se você pensou na ligação astral, pode esquecer a suposição. ‘Sagitário & Capricórnio’ formavam uma dupla que fez muito sucesso com as músicas “O Amor é Uma Rotina”, “A Verdade Eu Conheço” e “Resto de Carro”.

Capas de Vinil
Foto: Reprodução/Internet

Para a colecionadora o vinil é uma viagem no tempo, e ela começa assim que você segura a capa. “A produção das capas dos discos eram feitas com muitas dificuldades. Muitos artistas não conseguiam nem fazer colorido. Mas, as capas eram muito bonitas, você pega um vinil e começa a viagem através do tempo já pela capa, e quando você ouve é uma maravilha, um som que remete a um passado saudoso, de glória, na vida de quem gosta e coleciona vinil’.

Não acabou… ‘Marlboro e Hollywood’, pensou no cigarro? Não! Esse foi o nome que a dupla João Eurípedes e Wolney Paulo criaram. Eles se conheceram em Goiás, mas foi no Mato Grosso que construíram carreira. A separação aconteceu em 1994, e seus canções mais famosas foram: “Coração inocente”, “Vou tentar te esquecer” e “Pranto do adeus”.

Capas de Vinil
Foto: Reprodução/Internet

No dia 20 de Abril, os discos de vinil completaram 74 anos, com uma importância que carrega muito mais do que apenas o som, mas as histórias de suas duplas, e de todos os apaixonados que com nostalgia completam suas coleções até hoje.

“Eu que já nasci ouvindo vinil, meu pai gostava e ouvia muito. É uma saudade, é uma lembrança, por isso eu continuo ouvindo vinil até hoje. O vinil nunca deixou de ser importante, eu continuo escutando os discos, incentivo outras pessoas a comprarem, a escutarem, a também começar uma coleção, seja qual linha for, Pop, Rock, internacional, nacional”, finaliza a colecionadora Doralice.

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