Artista passa por terapia com a música durante pandemia e lança canções inéditas
Na pandemia, diversos artistas estão se reinventando. Para o campo-grandense Nano Elânio, o isolamento de dois meses em um apartamento no Rio de Janeiro-RJ transformou medo em oportunidade, trouxe de volta o autoamor, a coragem para voltar a cantar e compor, além de descobrir o poder terapêutico da música. Duas músicas inéditas serão lançadas nesta […]
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Na pandemia, diversos artistas estão se reinventando. Para o campo-grandense Nano Elânio, o isolamento de dois meses em um apartamento no Rio de Janeiro-RJ transformou medo em oportunidade, trouxe de volta o autoamor, a coragem para voltar a cantar e compor, além de descobrir o poder terapêutico da música.
Duas músicas inéditas serão lançadas nesta sexta feira (04/12), às 20h, horário de MS, no perfil @nanoelanio no Instagram. O campo-grandense divulga as canções “Amor com vista pro mar”, de própria autoria, e “Eu me amo hoje mesmo”, criada juntamente com Thais Victorino e Fábio Gesteira, que assina a produção dos arranjos. A preparação vocal é da carioca Ledjane Motta com suporte da Acorde Arte e Cultura e Victor Mafra Pantaneiro. O show tem apoio do fotógrafo Jean Fernandes e Guavira Art Gourmet.
Cantar para se curar
A mudança de vida havia começado em 2019, quando o artista saiu com 25 anos de carreira em Campo Grande e partiu para novos desafios no Rio. Lá recriou o nome artístico inserindo seu apelido de infância, começou a estudar Teatro Musical no CEFTEM, trabalhou como professor de musicalização na cidade, iniciou um momento pessoal de psicoterapia e meditação. “Eu senti que era necessário me dar mais uma chance de mudar antes de fazer quarenta anos, parti para uma jornada pessoal de autoconhecimento e arte”, explica.
No começo de 2020, ainda incerto de como seria o ano, mas adaptado ao Rio depois de oito meses, veio a pandemia. Foi aí que, junto com o grupo Acorde, idealizaram fazer o projeto Acorde Compositor para lançar cinco músicas inéditas.
“A gente queria produzir, sair do pessimismo e acreditar que tudo aquilo passaria logo. Começamos a pensar diversas ações online, ir fomentando shows pós-pandemia. Só que o cenário foi ficando mais sério, fiquei dois meses isolado em um apartamento, sozinho, dando aula pela internet para crianças. Vim passar o Dia das Mães em Campo Grande e fui ficando até hoje”, diz Nano.
O lado bom foi a descoberta da terapia por meio do canto, quando o artista foi desafiado a assumir suas emoções e autoimagem na música. “Eu ouvia da preparadora vocal que eu estava sempre me bloqueando na música, muito ansioso e que eu precisava me conectar comigo, com as sensações das minhas letras e fortalecer minha autoimagem. Foi um processo duro e libertador que decidi continuar”.
Quando chegou setembro, o projeto dos compositores estava pausado, Nano Elânio decidiu se presentear com a produção de uma música e lançar esta canção no fim do ano, como forma de celebrar os 40 anos de idade. A surpresa foi ganhar de presente a produção de mais uma música, que também foi inserida no projeto pessoal. As músicas falam de amor, autoamor, conflitos e alegrias.
Letras
“Quando o coração bater, abre o sorriso e diz: a felicidade assim eu sou… a gente se atravessou no corpo, na alma, na mente, no presente pra ficar” é o trecho que abre a canção “Amor com vista pro mar”, música que faz um convite para o romance e o carinho, misturando o som do reggae e triângulo nordestino.
Outro destaque é o pop rock de “Eu me amo hoje mesmo”, uma espécie de exaltação do eu e do autoamor que frisa versos como “me apaixonei quando me olhei e me abracei sem me julgar” ou “não é egoísmo, se amar é preciso, eu sou pra você só depois que eu me querer”.
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