‘Escondida’ há 20 anos em Campo Grande, carta de Kubitschek está à venda

Dono de relíquia tem carta de 1961 

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Dono de relíquia tem carta de 1961 

A letra de médico não engana o papel envelhecido que, apesar de mais de 50 anos, não deixou morrer sua despedida da presidência do Brasil. Guardada em um quadro na Vila Planalto, em Campo Grande, uma das cerca de 150 cartas escritas à mão a políticos que o apoiaram durante sua permanência no comando do Executivo brasileiro, descansam duas páginas de palavras que teriam sido escritas por Juscelino Kubitschek.

O urologista, que relutou para deixar a carreira de médico, se tornou o marco da industrialização, transporte e energia do país. Hoje, seu agradecimento é vendido em um grupo de amantes de relíquias da Capital.

O exemplar é do colecionador João Samper, que mora cercado de antiguidades, sua grande paixão. “Comprei a carta há 20 anos de outro colecionador de São Paulo. Lá, ele me informou que existem cerca de outras 150 cartas com o mesmo agradecimento feito à mão pelo ex-presidente”, conta.

De fato, o mesmo conteúdo aparece em sites pelo Brasil como acervo de Juscelino. Todos em papel timbrado de ‘Presidente da República’. Um deles se encontra no Museu JK, em Brasília, também emoldurado.

As cópias foram encaminhadas a diversos políticos que apoiaram a sua administração e é datada de 1961. Toda legível, a carta ressalta os famosos 50 anos de progresso prometidos em cinco anos, principal lema da gestão de Juscelino e agradecimento ao cargo confiado pela vontade popular, prometendo um futuro político.

Historiador do Iphan MS (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), José Augusto Carvalho dos Santos avaliou por fotos o material do colecionador.

“A caligrafia é ótima e pude ler a carta na íntegra. É um documento histórico importante, sem dúvida, mas não tenho expertise para garantir a autenticidade”, relatou.

O proprietário afirma que o documento tem uma marca d’água e que o comprou de um colecionador de outros objetos de Juscelino, que se desfez do acervo e fechou o local de exposição em São Paulo.

Cinco anos de presidência

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O slogan adotado para o Plano de Metas foi “50 anos de progresso em 5 anos de realizações”. O Plano de Metas pretendeu atuar em cinco setores da economia nacional e estabeleceu várias metas para cada um deles, esses setores foram: energia, transportes, indústrias de base, alimentação e educação. Esses três primeiros setores mencionados receberam 93% dos recursos, e educação e alimentação contaram apenas com 7% dos investimentos. O resultado mais significativo do Plano de Metas foi o crescimento em 100% na indústria de base nacional.

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