Lollapalooza agrada, mas para campo-grandenses estrutura e preços podem melhorar
Festival aconteceu em São Paulo (SP) neste fim de semana
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Festival aconteceu em São Paulo (SP) neste fim de semana
Foram dois dias de muita música no Autódromo de Interlagos, em São Paulo (SP), com o festival de música Lollapalooza, que acontece desde 2012 na capital paulista. Além do público local, gente de todo Brasil costuma participar para ver shows nacionais e internacionais, e com os campo-grandenses não poderia ser diferente.
“Acredito que, por serem mais de dez atrações internacionais em um único evento, compensa muito ir. Se você for ver apenas um show pode ficar mais caro que ir no festival”, explica o estudante Diego Almeida, 22. Ele foi no evento comprando um “Lollapass” (passaporte), para assistir várias bandas, entre elas o Alabama Shakes, que se apresentou ontem (13).
Para Diego, a estrutura do festival era melhor quando ele era realizado na Chácara do Jóquei, na região mais central de São Paulo. “Eu vim em 2012 ver o Foo Fighters e era bem melhor para chegar até o local dos shows, que na verdade era um pouco melhor. O Autódromo é mais longe e você acaba andando bem mais”, enfatiza. Ele explica ainda que não dá para ter preguiça, principalmente para se deslocar entre os palcos dos shows.
A jornalista Gabe Mosena concorda. “Fui nos dois dias. Achei ótimo! Sem filas para entrar, os shows pontuais, tudo lindo a única coisa complicada foi a volta, porque o autódromo é longe demais e todo mundo indo embora ao mesmo tempo foi super complicado”, explica. Segundo ela, os meios de transporte são insuficientes para atender ao público que chega a 30 mil pessoas. “A estação de trem ficou lotadíssima e todos os táxis/ubers estavam ocupados”, resumiu.
Qualidade musical resume ‘Lolla’
A produtora cultural Letícia Spíndola, que é de Campo Grande mas atualmente mora em São Paulo, vivenciou uma proposta diferente. Ela trabalhou no Lollapalooza e elogia os shows. Porém, critica a estrutura de banheiros químicos, que para ela é insuficiente. Ela também acredita que o valor dos produtos de consumo lá dentro (comida e bebida, por exemplo) é exorbitante. “O festival está bom mas ainda acho tudo muito caro lá dentro e acho um desrespeito a situação de banheiro deles”, enfatiza.
Porém, os shows (muito bem estruturados em termos de som), ainda compensam o “perrengue”, como explica a publicitária Stéphanie Velasco, que foi ao show do Mumfords & Sons ao lado do marido, o também publicitário Marcel Ebner. “Foi lindo estar lá e ouvir as músicas que ouço todos os dias no fone enquanto trabalho. Chorei de emoção e de felicidade”, relata.
Para os campo-grandenses, o contato com os grandes nomes da música alternativa mundial ainda compensa, em festivais que cada vez mais vão se tornando menos comuns no Brasil. “O Lollapalooza celebra a música como poucos eventos no Brasil. Lá fora (do País) tem bem mais shows assim. Aqui, quando tem, temos que aproveitar. Tirando o Lollapalooza, temos apenas o ‘Rock In Rio’, que não acontece todo ano e que tem uma proposta diferente, com bandas mais populares e grandes nomes do pop. O ‘Lolla’ traz mais bandas alternativas, que o grande público não conhece, é um festival mais intimista”, resume Diego.
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