Em Buenos Aires, pedido de casamento teve mais que uma rosa para cada mês de namoro

Felipe levou namorada à capital argentina para pedi-la em casamento

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Felipe levou namorada à capital argentina para pedi-la em casamento

Se a veterinária Ana Eliza Silveira, 26, fosse ganhar do namorado uma rosa por cada mês de namoro com o jornalista Felipe Bastos, 27, seria mais fácil ambos irem a uma floricultura ou a um roseiral – numa conta assim, meio por cima, somam-se 120 rosas. Afinal, são mais de 10 anos de relacionamento, entre idas e vindas, completados no último dia 2 de dezembro.

Pelo menos foi assim que Ana Eliza brincou com o namorado ao assistir a um vídeo de casamento no qual, ainda nos preparativos, a noiva recebia algumas rosas ao longo das horas, uma para cada mês de namoro. Felipe riu, claro, mas ali também foi instigado a colocar a ideia de oficializar o noivado em prática.

“A gente já fazia planos de noivar. E eu sempre imaginei que fosse numa ocasião bem diferente, queria que fosse uma surpresa, já que casar é um sonho dela. Foi quando ela me marcou nesse vídeo e fez o comentário do roseiral. Como eu já fui guia turístico na Argentina e conheço Buenos Aires, o primeiro lugar que me veio a mente foi o Paseo Del Rosedal”, conta Felipe.

A partir daí, o próximo passo era elaborar o plano perfeito para um pedido de casamento. Mãos à obra, Felipe comprou passagens e hotel para Buenos Aires e até contratou uma fotógrafa brasileira radicada há 8 anos na capital portenha, Adriana Carolina. Especializada em fotos de casamento, ela foi uma espécie de cúmplice de Felipe para a surpresa funcionar. Para a então namorada não suspeitar, Felipe disse que havia sido enviado para uma convenção em São Paulo, com tudo pago.

 

“Aí é que teve a primeira dificuldade, porque ela não queria ter que faltar dois dias de trabalho e nem ficar sozinha num hotel enquanto eu iria a essa convenção. Foi quando eu tive que entrar na jogada e falar com o pessoa do trabalho dela pra ajudarem-na a ir. Só assim consegui convencer e a gente foi”, conta Felipe.

Em Buenos Aires, pedido de casamento teve mais que uma rosa para cada mês de namoroForam para São Paulo, mesmo, numa quinta-feira, com volta prevista para o domingo. Avisaram até os amigos da Pauliceia para que reservassem o fim de semana para eles. “A essa altura já estava todo mundo sabendo, menos eu. Na verdade, eu estava jurando que ele ia me pedir em casamento em São Paulo, mas aí no Aeroporto de Guarulhos, ele me pediu para ver o convite da convenção. Não tinha nada de São Paulo, a tal convenção era em Buenos Aires”.

O que ela não sabia, no entanto, é que o tal convite era obviamente falso. “Eu que fiz o convite, justamente para ela não perceber nada, já que poderia ficar um pouco desconfiada”, conta Felipe. “Realmente, foi aí que tirei da cabeça a ideia de que ele ia me pedir em casamento e achei que a surpresa era só a viagem, mesmo”, acrescenta Ana Eliza.

Imprevistos

Já em Buenos Aires, o casal curtiu a noite da quinta-feira. Foram para o Hard Rock Cafe, jantaram num restaurante descolado e partiram para o hotel, com o pretexto de que precisariam acordar cedo para o credenciamento. Foi quando surgiu o primeiro imprevisto.

“A fotógrafa mandou uma mensagem avisando que o Paseo Del Rosedal não ia abrir, porque era feriado. Nossa, eu gelei. Mas imediatamente ela disse que tinha um outro lugar, o Rosedal del Porto Madero, que seria até melhor, por ter menos movimentação turística e permitir fotos mais bonitas”, conta.

Em Buenos Aires, pedido de casamento teve mais que uma rosa para cada mês de namoroMas, por ser um local que Felipe não conhecia, chegar até lá teve seus percalços. “Ele tava parecendo perdido e eu queria saber onde era esse ‘hotel’ da convenção. Quase que eu pego o celular para olhar no Google o endereço do evento, aí eu ia sacar tudo”, revela Ana Eliza. “Mas aí ele ‘se achou’”.

Achou a fotógrafa, na verdade, que estava na esquina do jardim. Cumprimentou-a com um ‘buenos días’ e recebeu um ‘bom dia’ com sotaque carioca. “Ah, você é brasileira?”, disse Felipe. Conversaram por ali um pouco e a fotógrafa deu algumas direções – o casal teria que passar bem no meio do Rosedal. “A gente tinha combinado de eu segui-la e ela nos levar até a posição, o resto seria com ela”, relembra Felipe.

“Foi quando eu me posicionei e pedi para ela parar um pouquinho. E daí entreguei um cartão vermelho, no qual estava escrito ‘Uma rosa para cada mês de namoro’. Daí em me ajoelhei, mostrei a aliança e a pedi em casamento”, conta o jornalista. “Aí eu saquei tudo, né? E comecei a chorar, também. Olhei para o lado e vi a mulher fotografando e perguntei se até ela estava envolvida. Só de te contar eu tô chorando aqui”, brinca a veterinária.

“Eu disse para ela ‘Eu te trouxe aqui porque quero te ver velhinha do meu lado, eu quero casar com você. Você quer casar comigo?. E ela disse sim. Foi bacana, foi especial, porque era algo que a gente já conversava sobre, algo que a gente meio que ia deixar para o fim do ano, quando nossas famílias iriam estar reunidas, ela contava com isso. Mas eu queria quebrar essa formalidade, queria fazer a surpresa”, explica Felipe.

Casamento está prevista para agosto de 2018 (Foto - Adriana Carolina/Acervo Pessoal)

 

Depois de 10 anos de namoro, o casal finalmente noivou, mas ainda não tem data certa para casar. “Vamos ter pelo menos um ano para planejar o casamento, eu acho que Agosto de 2018 é uma data interessante. É bastante tempo para colocar em prática algumas ideias que eu tenho, algo meio campestre, durante o dia, com vestido mais simples, cabelo mais simples…”, revela Ana Eliza. Tempo suficiente, também, para Felipe fazer mais surpresas, desta vez, ainda mais sofisticadas: afinal, até a data, seriam 21 rosas, uma para cada mês de noivado. Apenas um ramalhete.

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