Em ação, escola do Santo Eugênio desperta talentos em paredão de grafitagem
O sábado reuniu alunos e professores do Elvira Mathias de Oliveira
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O sábado reuniu alunos e professores do Elvira Mathias de Oliveira
Não é de hoje que as escolas tentam diminuir a criminalidade. São aulas educacionais, palestras e até ações para combater o crime em bairros, nas ruas e em cidades. Com a arte, a coisa está quase assim. Além de oferecer as aulas de educação artística, escolas estaduais tem realizado diferentes ações para motivar os alunos a mostrarem seus talentos.
Pelo segundo fim de semana, acompanhamos outra escola de Campo Grande, lá no Bairro Santo Eugênio para saber como esse efeito tem surtido. Chegamos na Escola Estadual Elvira Mathias de Oliveira no sábado (22) a tarde e encontramos alunos do sétimo ao nono ano com as mãos tomadas por tinta.
Ali, a professora de artes Monique Merlone desenvolvia uma aula aberta, no muro externo da escola, afim de proporcionar não só uma aula fora da sala de aula mas também, uma ação construtiva perante a arte. “Enquanto professora de artes, tenho a missão de mostrar as diferentes linguagens das artes em si e, nada melhor, do que trazê-los para uma linguagem tão contemporânea que é o grafite”, avalia a professora.
Diferente da pichação – e isso já foi tema de inúmeros debates mundo afora, a grafitagem vem para dar uma outra vida àquela mensagem que o artista quer passar. Para a professora, a diferença entre os dois é clara e o que vale é mostrar o caminho da arte. “Particularmente quero incentivá-los a fazer mais o grafite, uma vez que acredito que o picho não seja arte, e é este meu papel aqui, enquanto orientadora”, resume.
Na parede, diferentes tipos de artes. A estudante Evelyn Souza, de apenas 14 anos, disse que nunca havia pintado fora do papel e se sentiu muito feliz em poder participar da ação da escola. “Achei uma aula bem diferente, além de mostrar que a gente sabe e pode também fazer uma pintura assim”, diz. Ela desenhava um filtro do sonhos.
Já em outra parte do muro, Lucas Gustavo, de 15 anos, desenhava um coração gigante. A mensagem, bem, ela ainda disse não entender os motivos reais, mas para um artista iniciante.
Para a diretora da escola, Madalena Pereira da Silva, a ação que envolve as artes foi fundamental para que as crianças e adolescentes pudessem mostrar seu talento. “Se a gente não der esse incentivo nunca saberemos o valor que cada aluno tem, artisticamente falando, porque o nosso papel é incentivá-los e despertar o talento de nossos alunos e nunca deixar o talento passar por despercebido, o que sempre acontecia”, reflete a diretora.
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