Motociclista admite que corria, mas nega racha; amigo segue internado na UTI

Rapaz diz que pretende conversar com outro envolvido para ‘esclarecer’ acidente

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Rapaz diz que pretende conversar com outro envolvido para ‘esclarecer’ acidente

O motociclista André Luis José Gomes, de 24 anos, nega que estivesse disputando racha no momento em que se envolveu em acidente com o amigo de infância Marcos Ferreira dos Santos, de 30 anos, por volta do meio-dia de sábado (24). Dizendo-se injustiçado por conta da suspeita da corrida ilegal, ele recebeu alta hospitalar nesta terça-feira (27), enquanto o colega segue internado, em estado grave.

Durante entrevista exclusiva ao Jornal Midiamax, ele afirmou que prentende esclarecer o caso e, inclusive, procurar o condutor do outro veículo envolvido no acidente. “Todos nós estávamos errados, ele por entrar na rotatória, o que não podia, e nós porque estávamos correndo”, resumiu o motociclista, completando que a perícia deverá provar a suposta manobra irregular feita pelo motorista do Gol atingido pela moto dele.

A versão sobre o racha partiu de testemunhas da ocorrência. O acidente aconteceu na Avenida Gury Marques, próximo à rotatória da saída para São Paulo.

Na ocasião, Gomes pilotava a Honda Hornet preta, placa HTR 8396. O amigo, que permanece internado na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) da Santa Casa, conduzia a Suzuki Bandit preta, placa HTA 1101.

Testemunhas disseram que os motociclistas – que seguiam no sentido anel rodoviário-centro – estavam em alta velocidade, quando um deles perdeu o controle da direção. Conforme os relatos, ambas as motos colidiram e ainda bateram no Gol preto placas NRJ-9869, conduzido por Wellington Diego Pacheco Mendes, de 26 anos, que estava acompanhado da esposa e da filha de seis anos – eles não ficaram feridos.

O velocímetro da moto conduzida por Marcos travou em 130 quilômetros por hora. Durante entrevista, Gomes admitiu que estava em alta velocidade, no entanto, negou a disputa de racha. “Não estávamos tirando racha. A gente ia almoçar e eu notei que estava sem carteira, então, estávamos voltando correndo para minha casa”, declara.

Segundo o motociclista, o motorista do Gol não teria apresentado a versão completa sobre o acidente. “Eu e o Marcos não tivemos condições de nos defender, e o motorista do Gol só contou a versão dele. Se estivéssemos fazendo um racha, teríamos batido os dois na traseira do veículo. Eu bati na lateral esquerda do carro e o Marcos atrás. Me sinto injustiçado”, afirma.

Ele ainda se recorda da gravidade dos ferimentos sofridos pelo amigo de infância. “Pensei que ele tinha morrido, ele não se mexia”, diz sobre o momento do acidente.

O motociclista sofreu fratura exposta no joelho direito e lesões na coluna e bacia. Para se recuperar totalmente, serão necessários mais três meses de fisioterapia. Questionado a respeito do caso, ele diz que pretende procurar o condutor do Gol para esclarecer o acidente.

Conteúdos relacionados