Empresa reclama atraso de quatro meses no pagamento de remédios pela Prefeitura
Pagamento de R$ 260 mil previsto para novembro ainda não foi feito, diz fornecedor
Arquivo –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
Pagamento de R$ 260 mil previsto para novembro ainda não foi feito, diz fornecedor
Em fevereiro de 2015 teria sido a terceira vez que uma previsão de pagamento, referente à compra de remédios da Centermedi, não foi cumprida pela Prefeitura de Campo Grande, segundo informação da empresa. O valor da compra foi R$ 260 mil, pela aquisição do antibiótico amoxilina e do anti-inflamatório ibuprofeno, ambos produzidos no laboratório farmacêutico Prati Donaduzzi.
A remessa, conforme indica um documento ao qual o Jornal Midiamax teve acesso, teria dado entrada no estoque da Secretaria Municipal de Saúde ainda em outubro de 2014. O transporte das milhares de cápsulas de ibuprofeno 600 ml, e dos 18 mil frascos de 150 ml de amoxilina, foi feito pela transportadora Eucatur, que entregou os medicamentos para Campo Grande, onde teriam destinação gratuita nas unidades básicas de saúde.
“Complica, justo neste período de início do ano, você esperar uma receita e não poder contar com ela. Existe sim a dívida, que não é pequena, e complicou as finanças da nossa empresa, que possui vinte funcionários e tem as obrigações dela com fornecedores. Espero que resolva o quanto antes, pois o nosso representante de Mato Grosso do Sul tem ido todos os dias na Prefeitura e sempre há uma justificativa para não pagar”, diz o diretor da Centermedi, Edivar Szymanky.
A situação mais complicada é a do representante da Centermedi local, que, sem o pagamento do empenho, fica sem a comissão, esperada já há quatro meses. Edivar afirma estar preocupado com a demora o fazer perder o colaborador. A Centermedi fica sediada nacionalmente na cidade de Barão de Cotegipe (RS), próximo a divisa gaúcha com o Estado de Santa Catarina.
Edivar Szymanky confirmou o débito pendente após ser interpelado pelo Midiamax e disse estar com medo de retaliações, já que por três vezes chegou a ter anunciado o seu pagamento de R$ 260 mil. “Em dezembro falaram que era fim de ano e que a Prefeitura tinha que pagar o 13º, mas eu também tenho 13º. Em janeiro, ao meu representante disseram que o sistema não estava aberto e que só abriria em fevereiro. Agora, em fevereiro, falaram que ainda não poderia ser quitado”, lamenta o executivo da empresa, que também está enfrentando o problema de contas penduradas em outras quatro prefeituras de Mato Grosso do Sul.
Pela investigação do Midiamax, outras empresas fornecedoras de medicamentos também esperam por receber da Prefeitura, montantes semelhantes ou até maiores que o da Centermedi. O jornal acompanha a situação da Dimaster Comércio de Produtos Hospitalares Ltda, da mesma cidade da Centermedi, e da Comercial Cirúrgica Rio Clarense, de Rio Claro (SP), que poderiam juntas estar esperando a quitação de vendas feitas a Administração Municipal de Campo Grande com valor total em torno de R$ 1 milhão.
A Prefeitura de Campo Grande foi procurada pelo Midiamax para falar sobre a possível dívida do Executivo da Capital com fornecedores de remédio e a sua relação com empresas do ramo. Até o fechamento desta reportagem, não houve nenhuma manifestação – o contato sobre o assunto foi feito no dia 05 de fevereiro.
Ficha Limpa
Em 2011, a Polícia Federal deflagrou a Operação Tarja Preta, que prendeu três empresários gaúchos, proprietários de distribuidoras de medicamentos. A investigação na época apreendeu 17 milhões de comprimidos de medicação de uso controlado, que se encontravam armazanados em pavilhões sem autorização da Anvisa.
Alguns dos galpões clandestinos ficavam na cidade gaúcha de Barão de Cotegipe, onde fica sediada a Centermedi, que já foi investigada em duas ocasiões pela Polícia Federal, a ‘Operação Saúde’ e a ‘Operação Tarja Preta’. O executivo da empresa que entrou em contato com o Midiamax afirma que os processos de investigação já foram arquivados.
Na ‘Operação Saúde’, a Polícia Federal apurou o montante de R$ 1 milhão em licitações que teriam condições irregulares. De Mato Grosso do Sul, a investigação apurou possíveis esquemas de licitação na compra de medicamentos pelo Poder Público Municipal em nove cidades: Campo Grande, Corumbá, Ivinhema, Caarapó, Sidrolândia, Ivinhema, Bataguassu, Nioaque, Nova Alvorada do Sul e Coronel Sapucaia. As empresas Centermedi, Sulmedi e Diplolmedi eram cotadas na época como as beneficiadas.
Notícias mais lidas agora
- Chuva chega forte e alaga ruas da região norte de Campo Grande
- Há 13 anos, casa no bairro Santo Antônio é decorada por Elizabeth com enfeites únicos de Natal
- Pais são presos após bebê de 2 meses ser queimado com cigarro e agredido em MS
- VÍDEO: Moradores denunciam mulher por racismo e homofobia em condomínio: ‘viadinho’
Últimas Notícias
Clubes de MS realizam assembleia para alterar estatuto e novo presidente da FFMS pode ser decidido
Assembleia ocorre após TJD-MS prorrogar prazo
Pedestre morre atropelado por caminhão na BR-376 em Fátima do Sul
Acidente aconteceu entre o Aeródromo e a região conhecida como ‘Tonico Rosso’
Atletas do MS participam da Copa Nacional Quilombola
Participam da Copa Nacional Quilombola 26 equipes
Pais presos após bebê de 2 meses ser agredido e queimado com cigarro responderão pelo crime de tortura em MS
O casal foi preso na última quinta-feira (5), contudo, o caso veio à tona somente nesta quarta-feira (11)
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.