Sindicato acusa Petrobras de entregar plataformas inacabadas

A última plataforma da Petrobras saiu do estaleiro incompleta. A P-62 foi entregue pela empresa em dezembro, em cerimônia com a presença da presidenta Dilma Rousseff. De acordo com sindicalistas, essa não foi a primeira plataforma entregue inacabada. Segundo o diretor de segurança e saúde do Sindipetro-NF, Norton Almeida, o lançamento ao mar de plataformas […]

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A última plataforma da Petrobras saiu do estaleiro incompleta. A P-62 foi entregue pela empresa em dezembro, em cerimônia com a presença da presidenta Dilma Rousseff. De acordo com sindicalistas, essa não foi a primeira plataforma entregue inacabada.

Segundo o diretor de segurança e saúde do Sindipetro-NF, Norton Almeida, o lançamento ao mar de plataformas ainda fora de operação se deve a pressão política. As plataformas são entregues antes de serem finalizadas para melhorar o saldo da balança comercial e acalmar o mercado. A finalização acontece em mar, o que é mais caro e lento, além de menos seguro para os trabalhadores. O sindicato afirma que o sistema náutico P-62 saiu do estaleiro sem cabo de ré, sem amarras do sistema de ancoragem de bombordo (lado esquerdo) e sem sistema elétrico pronto, além de outros itens.

De acordo com a entidade, se a plataforma tivesse sido finalizada no Estaleiro Atlântico Sul (EAS, Pernambuco), muitos problemas que aconteceram – como um incêndio em um gerador de energia em janeiro – poderiam ter sido evitados. Em terra, milhares de operários podem trabalhar simultaneamente. Já em mar a legislação internacional limita a tripulação, a instabilidade marítima traz riscos para manipulação de objetos pesados e a distância torna a logística mais cara e lenta.

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