Prefeito pode usar Centro Municipal para amenizar deficit de leitos em Campo Grande

O prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP), afirmou que poderá usar Centro Municipal Infantil para amenizar a falta de leitos em hospitais da Capital. O progressista disse, ainda, que o hospital está sendo mobiliado e a inauguração deve acontecer no dia 12 de outubro. “Tem que resolver a questão. Tenho me reunido com secretário […]

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O prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP), afirmou que poderá usar Centro Municipal Infantil para amenizar a falta de leitos em hospitais da Capital. O progressista disse, ainda, que o hospital está sendo mobiliado e a inauguração deve acontecer no dia 12 de outubro.

“Tem que resolver a questão. Tenho me reunido com secretário e o Centro Municipal seria uma solução para amenizar situação de leito”, afirmou Olarte. De acordo com o prefeito, a fase do hospital infantil é mobíliar.

Apesar do veto do Conselho Municipal de Saúde ao projeto téncnico do centro, Olarte afirmou que a inauguração do espaço vai ser no Dia das Crianças. Na sexta-feira (26), o secretário da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), Jamal Salem, disse que o projeto será adequado. “A ideia em si [do projeto] é boa, o que talvez houve foi problema no papel”.

Pressão

A promotora Filomena Aparecida Depolito Fluminhan, da 32ª Promotoria de Justiça da Saúde Pública ingressou no dia 25 de setembro com uma ação civil pública para que o Estado e o Município de Campo Grande supram a falta de leitos hospitais em Campo Grande. Se a ação for acolhida pelo Poder Judiciário, está prevista multa de R$ 50 mil por dia.

A promotora explicou que há falta de 816 leitos clínicos e cirúrgicos na Capital. Na ação, é pedido que nos prazos de 30, 60 e 90 dias, sejam liberadas 100 vagas em cada prazo. Já com relação aos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), o déficit é de 81 leitos, e foi pedida na antecipação de tutela, a liberação de 25, 25 e 30 leitos, também nos prazos de 30, 60 e 90 dias.

O total de vagas pretendidas é calculado por meio de uma portaria que determina a razão entre a população e o número de leitos hospitalares. Em Campo Grande, o número foi tomado pela média, pois é uma cidade que recebe pacientes de média e alta complexidade de várias regiões do Estado. Se for considerada a população da Capital e a população que a cidade recebe, o número é de 1,525 milhão de habitantes atendidos pela rede de saúde, que fica sobrecarregada.

Os principais problemas, segundo a promotora se encontram os leitos psiquiátricos e os que atendem casos de pneumonia, AVC (Acidente Vascular Cerebral) e infarto. Com relação aos psiquiátricos, ela destaca que há pacientes que permanecem mais de 24 horas aguardando em UPAs sem ser encaminhados aos CAPs (Centro de Atenção Psicossocial). Os que se encontram no segundo tipo, a promotora cita que há casos de pacientes que passam até quatro horas aguardando apresentando sintomas graves.

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