Perto do Dia das Crianças, Conselho adverte que pets não são brinquedos

Ter um animalzinho de estimação é a vontade de muita criança, pelo menos, até ganhar um. Ter um pet em casa requer cuidados e responsabilidades, tarefas que nem sempre os pequenos estão preparados para enfrentar. Com a proximidade do Dia das Crianças, o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) alerta: animais são seres conscientes e, […]

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Ter um animalzinho de estimação é a vontade de muita criança, pelo menos, até ganhar um. Ter um pet em casa requer cuidados e responsabilidades, tarefas que nem sempre os pequenos estão preparados para enfrentar. Com a proximidade do Dia das Crianças, o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) alerta: animais são seres conscientes e, portanto, não podem ser tratados como objetos.

Representante do CFMV, o médico veterinário Marcello Roza diz que antes de presentearem as crianças com um animal de estimação, em vez de qualquer outra lembrança, os adultos precisam estar conscientes de que ter um animal em casa implica assumir responsabilidades.

Roza afirma que há casos em que os pais delegam aos filhos a responsabilidade de cuidar dos pets, como a condição para ganharem o “presente”. O que está errado. “É preciso lembrar que estamos falando de uma criança, que não consegue cuidar nem de si mesma. Além disso, os animais não podem ser tratados como brinquedos, mas como membros da família”, argumenta.

A ativista, Letícia de Oliveira, de 35 anos, lembra que é só dar uma olhadinha na quantidade de animais abandonados após as datas ‘especiais’ para ver que é preciso pensar antes de dar um animal a uma criança. “É só ver nas ONGs a quantidade de animais que é abandonado depois de datas comemorativas. As pessoas dão animais de presente sem se preocupar com o futuro. Animal sente frio, fome, precisa de cuidados e de tutores responsáveis”, afirma.

Apaixonada por animais, a professora e publicitária Lu Melli ainda diz que a responsabilidade, além de grande, é longa. “É uma responsabilidade muito grande. O bichinho pode viver anos e anos”, lembra.

Consciência

Recentemente, um grupo de cientistas brasileiros advertiu que os animais são seres dotados de consciência e que, por isso, não podem ser tratados como objetos. Isso reforça a responsabilidade dos seres humanos na relação com os animais.

O manifesto foi assinado por especialistas de renome nacional e internacional, em um congresso sobre bioética e bem-estar animal organizado pelo CFMV em Curitiba.

Sei de tudo isso e quero um pet

Marcello Roza aconselha os adultos a consultarem um médico veterinário antes de se decidirem pelo animal. “O objetivo é orientá-los sobre a espécie animal mais bem adequada ao perfil da família. Há residências com pessoas idosas que não conseguem conviver com animais que fazem muito barulho”, exemplifica. É importante também optar por espécies adequadas à faixa etária do proprietário, sendo do adulto a tarefa de monitorar a convivência entre uma criança e um pet.

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