Organização da Volta das Nações pode ser responsabilizada se constatada negligência

A Polícia Civil segue com as investigações da morte de Juliano Batista, de 30 anos, que teve parada cardíaca quando corria a 6ª Meia-Maratona Internacional do Pantanal Volta das Nações, percurso de 21 quilômetros. Caso seja constatada negligência por parte da organização, os responsáveis poderão ser responsabilizados. As investigações são comandadas pelo delegado titular da […]

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As investigações são comandadas pelo delegado titular da 3ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande, Fabio Anderson Ribeiro Sampaio. Segundo ele, testemunhas estão sendo ouvidas e a intenção é de que todos os fatores que influenciaram na morte de Juliano sejam esclarecidos. “Entendi que precisamos tratar com um pouco mais de cuidado esse tipo de evento. Há relatos de que várias pessoas passaram mal durante a corrida e também na caminhada”, afirma Fabio.

Para o delegado, o atendimento de socorro não deveria ser responsabilidade apenas do Corpo de Bombeiros e do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). “Com mais de 26 mil pessoas, o organizador deve prever quantas pessoas, num horário daquele, com o forte calor e a baixa umidade, passariam mal. Os bombeiros e o Samu já atendem toda a cidade, não dá pra depender só deles”, afirma o delegado.

Nesta quarta-feira (15) o delegado ouviu uma promotora de justiça, que participou da corrida. “Vamos ouvir outros corredores e também pessoas que fizeram a caminhada para ter uma noção exata de como foi. Também ouviremos organizadores e o presidente da Federação de Atletismo para saber as determinações corretas da Confederação Brasileira de Atletismo para esse tipo de evento”, diz Fabio. Para ele, há preocupação em saber se realmente toda a água e isotônico oferecidos durante a corrida foi suficiente.

Fabio Anderson ainda lembra que um dos participantes quenianos passou mal e chegou a desistir da prova. “Se uma pessoa que está acostumada a maratonas e eventos de difícil participação desistiu, imagina como não estava a situação para outros participantes menos acostumados”, diz.

Ainda segundo o delegado, se, em alguma hipótese, for constatado que houve negligência por parte da organização, algumas pessoas podem ser responsabilizadas. Porém, o mais importante no momento é o levantamento das circunstâncias em que ocorreu a morte de Juliano. O delegado ainda diz que ouvirá também médicos e ainda alguns profissionais da área.

O caso está registrado na 3ª DP como morte a esclarecer.

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