Marcha pela legalização da maconha reúne cerca de 250 pessoas na Praça do Rádio Clube

Seja quem defende a legalização da maconha ou, até mesmo, quem é contra a liberação, a opinião da maioria é baseada em “achismo”. Na tentativa de ampliar o debate sobre isso, movimentos a favor da legalização promovem, neste sábado (24), a Marcha pela Maconha, que ocorreu em 45 cidades do Brasil, inclusive em Campo Grande. […]

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Seja quem defende a legalização da maconha ou, até mesmo, quem é contra a liberação, a opinião da maioria é baseada em “achismo”. Na tentativa de ampliar o debate sobre isso, movimentos a favor da legalização promovem, neste sábado (24), a Marcha pela Maconha, que ocorreu em 45 cidades do Brasil, inclusive em Campo Grande. Na Capital, o evento começou na Praça do Rádio Clube e seguiu pela Avenida Afonso Pena até a Praça Ary Coelho. Apesar das 1.100 pessoas que confirmaram presença no evento criado no Facebook, apenas cerca de 250 pessoas, com cartazes e protestos a favor da liberação, se reuniram na praça.

Quem participa ativamente do movimento acredita que esse é o momento de debater a questão, tão carregada de falácias. “Tem pessoas que dizem que a população não está preparada para a liberação, por isso mesmo tentamos realizar movimentos como esse”, defende Anna Brites, uma das envolvidas diretamente na marcha.

Segundo Anna, o evento não tem o objetivo de disponibilizar um local de diversão para quem faz uso e, sim, refletir questões ligadas a proibição e liberação da maconha. “Até que ponto compensa a proibição? Pois, a guerra contra as drogas é fracassada”, acredita. A estudante afirma, ainda, que uma das bandeiras utilizadas por quem defende a causa é o uso para fins medicinais.

Para o estudante Matheus Carneiro, organizador do evento, o ponto chave da defesa é a regulamentação de um mercado que já existe. “A proibição não inibe o uso e o assunto ainda é tabu, o que não deveria ser mais”, pontua. De acordo com Matheus, o evento é organizado pelo Coletivo Gramado e Movimento Rua Juventude Anticapitalista, que promove, regularmente, palestras e debates sobre o assunto.

Liberação

A maioria dos participantes da marcha, entrevistados pelo Midiamax, defendem a liberação. No entanto, a opinião se basea no que eles acreditam que possa acarretar de bom. “Penso que vai diminuir a violência se liberarem”, afirma um estudante que preferiu não se identificar. Outro aluno de 23 anos, que também não quis se identificar, acredita que o uso não faz tão mal como afirmam e ressalta a liberação em outros países. “Se dá certo em outros países, pode dar certo no Brasil”.

Há, também, quem seja contra a liberação e uso da maconha e acredite que movimentos como esse pouco contribuem para o debate. “Não vejo o que possa trazer de bom. Não sou radical, mas sou contra a legalização”, afirma Fagner Ferreira, de 30 anos, sem explicar porque, de fato, é contrário a ideia.

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