Indenização de produtores rurais da região Buriti corre risco de ficar para 2016

O advogado Newley Amarilla, responsável por conduzir o processo de acordo entre produtores rurais da região Buriti e governo Federal afirmou nesta quarta-feira que a negociação entre ambas as partes ainda não ocorreu, mas pode ser definida a qualquer momento. Newley ponderou que apesar de o prazo para a União emitir os títulos do Tesouro […]

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O advogado Newley Amarilla, responsável por conduzir o processo de acordo entre produtores rurais da região Buriti e governo Federal afirmou nesta quarta-feira que a negociação entre ambas as partes ainda não ocorreu, mas pode ser definida a qualquer momento.

Newley ponderou que apesar de o prazo para a União emitir os títulos do Tesouro expirar no dia 30 de junho, o diálogo com o Ministério da Justiça continuará ainda que com isso os produtores rurais corram o risco de serem indenizados somente em 2016.

“Antes fazer algo bem feito do que fazer de qualquer jeito. Ainda não chegamos a um acordo, é um processo bastante complexo que não envolve somente valores, envolve também renúncia de direitos e uma série de outros aspectos, como desistência de ações”, detalhou Amarilla.

O advogado declarou ainda que os produtores rurais divulgarão uma nota a respeito das conversações que tiveram com representantes da União.

Um dos trechos da carta diz: “Infelizmente até este momento não se logrou alcançar o almejado acordo, mas confiam os produtores rurais na manutenção do diálogo permanecendo, pois o firme propósito de continuar à mesa sem, no entanto, renunciarem aos direitos a eles já reconhecidos”.

Os fazendeiros das 35 propriedades que compõe a região Buriti, localizada entre os municípios de Dois Irmãos do Buriti e Sidrolândia, elaboraram um contra laudo das terras à União e pedem o valor de R$ 124 milhões.

No entanto, o governo propôs a quantia de R$ 80 milhões a partir de avaliação do território feita pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e Funai (Fundação Nacional do Índio).

Em 2013 houve conflito entre índios Terenas e fazendeiros da região durante ocupação dos indígenas. O confronto resultou em propriedades destruídas e na morte do índio Oziel Gabriel, de 32 anos.

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