Funcionários de empresa que presta serviço de oncologia são ouvidos na Santa Casa
Técnicos da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que ficaram mais de dez horas reunidos com a Comissão de Óbitos e administração da Santa Casa de Campo Grande, fizeram oitivas com ao menos três funcionários do Centro de Oncologia e Hematologia de Mato Grosso do Sul, responsável por prestar serviços de oncologia no hospital, na […]
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Técnicos da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que ficaram mais de dez horas reunidos com a Comissão de Óbitos e administração da Santa Casa de Campo Grande, fizeram oitivas com ao menos três funcionários do Centro de Oncologia e Hematologia de Mato Grosso do Sul, responsável por prestar serviços de oncologia no hospital, na tarde desta segunda-feira (21).
A equipe investiga o motivo da morte de três pacientes que realizavam quimioterapia pela Santa Casa. A reunião teve início às 8 horas e terminou depois das 17h30min. Nenhum representante da Agência conversou com a imprensa.
Por conta das mortes, está suspensa a manipulação do remédio 5-fluorouracil (5-FU) na Santa Casa, mas não os tratamentos. Os lotes dos remédios utilizados foram suspensos nacionalmente, segundo o hospital.
A Santa Casa está recebendo os medicamentos do Hospital do Câncer. A previsão é a de que os quatro técnicos da Anvisa fiquem até a próxima quarta-feira (23), em Campo Grande.
Casos
Três pacientes,Maria Glória Guimarães, de 61 anos, Carmem Insfran Bernard, de 42 anos, e Norotilde Araújo Greco, de 72 anos, foram submetidos a sessões de quimioterapia entre os dias 24 e 28 de junho. Nas ocasiões, foram ministrados os medicamentos Leucovorin – ácido folínico – e ácido solínico.
As três foram internadas entre os dias 2 e 9 de julho devido a reações exageradas aos medicamentos, ainda segundo as fontes do hospital. As mortes aconteceram entre os dias 10 e 12 de julho.
Na Santa Casa, ao todo, são 41 pacientes submetidos à quimioterapia com esses dois medicamentos. Todos têm câncer na região do trato intestinal.
O diretor-presidente da Santa Casa, Wilson Teslenco, disse ter ficado sabendo pela imprensa e pela ouvidoria do hospital sobre as mortes. A não-notificação dos casos é um dos detalhes que serão investigados pela comissão, formada por representantes da própria unidade hospitalar, secretarias municipal e estadual de Saúde e Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
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