Frio e goleada espantam torcedores de bares de São Paulo

Após a goleada por 7 a 1 sofrida pela Seleção Brasileira na semifinal contra a Alemanha, a partida de disputa pelo terceiro lugar com a Holanda não incentivou muitos paulistanos a saírem de casa nesta tarde fria de sábado. Pelo menos foi o que aconteceu com os bares da Rua Canuto do Val, em Santa […]

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Após a goleada por 7 a 1 sofrida pela Seleção Brasileira na semifinal contra a Alemanha, a partida de disputa pelo terceiro lugar com a Holanda não incentivou muitos paulistanos a saírem de casa nesta tarde fria de sábado.

Pelo menos foi o que aconteceu com os bares da Rua Canuto do Val, em Santa Cecília, na zona oeste da cidade. Uma rede que conta com cinco restaurantes no quarteirão entre as Ruas Dona Veridiana e Fortunato, que chegou a receber 11 mil pessoas na última terça-feira, quando o Brasil enfrentou a Alemanha, viu o movimento cair consideravelmente neste sábado.

“Deve ter menos de 500 pessoas aqui hoje. Estávamos esperando mais, de mil a 1.500 pessoas”, disse Ronaldo Ribeiro, gerente dos bares Biroska, Coconut, Siga La Vaca, Bar do Nelson e Frango com Tudo. “Com a decepção que a gente teve com o Brasil nesse 7 a 1, as pessoas ficaram muito desanimadas, não tiveram ânimo para sair de casa, ainda mais nesse dia frio”, completou.

Entre os torcedores que ainda demonstravam apoio à Seleção estava o universitário Rafael Mekaro, 27 anos. Apesar da decepção, ele disse que continua “com o Brasil até o fim”, mas admite que se surpreendeu ao encontrar os bares tão vazios. “Eu esperava que estivesse mais vazio, mas não esse clima fúnebre”, afirmou.

O gerente comercial Luis Bonadio, 25 anos, foi categórico: “É um luto”, comentou, mesmo antes do placar de 2 a 0 para a seleção holandesa ao final do primeiro tempo.

Já esperando uma queda no movimento, a rede de bares não providenciou telões para este sábado – nos outros dias de jogos do Brasil foram colocados até três telões na rua. E o investimento deu retorno: foram vendidas de 300 a 400 caixas de garrafas de cerveja por dia e milhares de espetinhos, entre outras coisas, resultando em um faturamento de cerca de R$ 650 mil em dias de jogo da Seleção.

Além do movimento fraco nos bares, a quadra da escola de samba Vai-Vai, na Bela Vista, região central de São Paulo, que recebeu multidões em outros jogos do Brasil, estava fechada neste sábado.

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