EUA poderiam utilizar “drones” para buscar meninas sequestradas na Nigéria

Os Estados Unidos poderiam usar “drones” (aviões não tripulados) para procurar as mais de 200 meninas sequestradas na Nigéria pelo grupo terrorista islâmico Boko Haram, segundo antecipou o embaixador dos Estados Unidos no país, James Entwistle. Segundo informou nesta quinta-feira o jornal local “This Day”, Entwistle está mantendo conversas com as autoridades nigerianas sobre os […]

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Os Estados Unidos poderiam usar “drones” (aviões não tripulados) para procurar as mais de 200 meninas sequestradas na Nigéria pelo grupo terrorista islâmico Boko Haram, segundo antecipou o embaixador dos Estados Unidos no país, James Entwistle.

Segundo informou nesta quinta-feira o jornal local “This Day”, Entwistle está mantendo conversas com as autoridades nigerianas sobre os meios que serão empregados para tentar libertar as meninas, sequestradas em 14 de abril de uma escola na cidade de Chibok, no estado de Borno, no norte da Nigéria.

O representante diplomático, que participou ontem à noite em Abuja de uma reunião de governadores do norte da Nigéria e da Agência para o Desenvolvimento Internacional dos EUA (USAID), declarou aos jornalistas que os soldados e os especialistas americanos chegarão “em breve” ao país africano.

O embaixador admitiu o possível uso de “drones” na operação de busca das meninas, mas recusou divulgar mais informação sobre o assunto.

“Esta tarde (ontem), mantive conversas com alguns funcionários de segurança (nigerianos) para tratar dos detalhes sobre como deve ser nossa equipe”, disse Entwistle.

“Obviamente, não posso dar todos os detalhes, mas estamos no processo de criar uma equipe que incluirá funcionários de várias agências dos Estados Unidos”, explicou o embaixador.

Além dos Estados Unidos, outros países, como China, França e Reino Unido, ofereceram apoio à Nigéria para libertar as menores, enquanto se intensifica a campanha mundial em favor do resgate.

O Boko Haram, que significa em línguas locais “a educação não islâmica é pecado”, luta para impor a “sharia” (lei islâmica) na Nigéria, país de maioria muçulmana no norte e predominantemente cristã no sul.

Desde que a polícia matou em 2009 o líder do Boko Haram, Mohammed Yousef, os radicais mantêm uma sangrenta campanha que deixou mais de três mil mortos.

Com 170 milhões de habitantes integrados em mais de 200 grupos tribais, a Nigéria, o país mais populoso da África, sofre múltiplas tensões por suas profundas diferenças políticas, religiosas e territoriais.

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